De
pouco adiantou dizer ao cavalheiro que conduzia este carro que não deveria ali
deixá-lo.
Tal
como de nada serviu explicar-lhe que ali é uma passagem de peões e que, assim,
impedia-nos de usar o que é nosso por direito.
E
foi inútil acrescentar que a lei pune tais comportamentos.
“Sim,
sim!”, “Pois, pois!” e “Não demoro!” foi o que ele me soube dizer enquanto se
afastava.
Regressou
uns minutos depois, encetando uma maço de cigarros e após ter bebido uma bica,
no café/mercearia que existe na esquina.
Se
mais não fiz (auto-colante, limpa-vidros, retrovisor) foi porque o catraio de
poucos anos, sentado no banco de trás, olhava para mim com cara de espanto.
Não
deveria ele pagar pelos disparates do talvez pai, a quem nunca deveriam ter
entregue carta de condução e, muito menos, licença de paternidade.
Fica
o registo e a referência à matrícula da viatura.
By me
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