sábado, 12 de outubro de 2013

O arco da Rua Augusta



Do jornal “Diário de Notícias”, retiro quatro parágrafos sobre a próxima privatização dos CTT anunciada por Pires de Lima, ministro da economia:

"Não posso assegurar que não haja despedimentos porque a empresa vai passar para a esfera privada", afirmou aos jornalistas o governante, no final da sua audição na comissão de economia e obras públicas, no Parlamento.
Antes, durante os trabalhos da comissão, Pires de Lima tinha anunciado que a dispersão do capital dos Correios de Portugal (CTT) vai ocorrer até ao final da primeira semana de dezembro, considerando que "é o momento certo" para privatizar os CTT.
O governante acrescentou que a operação "pode resultar num bom encaixe para o Estado", considerando que a questão de privatizar, ou não, os serviços postais "é uma questão ideológica", que se escusou a comentar.
Ainda assim, salientou: "Não vejo drama nenhum na privatização dos CTT".

A única coisa de que gosto nisto é a honestidade: quem assim fala não tem pejo algum em dizer que se trata de questões ideológicas e não económicas e que haver ou não despedimentos não é responsabilidade sua, já que acontecem no privado.
Por um simples exercício de lógica deduz-se que “não é nenhum drama haver despedimentos”.

No dia em que for dado uso ao arco da Rua Augusta, estarei na primeira fila a aplaudir, se não tiver estado a ajudar a fazer os nós.


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