É uma daquelas
peças de vestuário que já vai sendo rara de ver em uso. E, consequentemente,
difícil de encontrar no mercado.
Mas, sendo certo
que eu uso o que quero não aquilo que os fabricantes entendem que devo usar,
fartei-me de procurar até dar com ela. Há anos que a tenho e houve algum bom
sendo da minha parte, na altura, para a comprar “um furo acima”. O aumento da
barriga e do resto não impede a sua utilização.
Falo de uma gabardine
estilo “trincheira”.
Comprida a ponto
de ficar abaixo dos joelhos, tecido fino que não aquece em demasia, ombros
duplos por via da chuva… é o ideal para usar em momentos de muita chuva e
vento, garantindo que o único que ficará encharcado da roupa a usar debaixo de
telha serão as pontas das calças e o calçado.
Este estilo de
roupa caiu em desuso. Fácil de entender. Acabaram as longas marchas a pé, o
estar horas a fio à chuva, o seu comprimento não se compadece com o sentar nos
baixos assentos dos carros e autocarros… a modernidade das deslocações e as
compras feitas em centros comerciais levam a que cada vez menos gente as
procure ou use. E os fabricantes e vendedores a reduzirem o que se negoceia.
Mas sou eu da
velha guarda e, como disse, uso o que quero. E não andar de carro faz-me sorrir
perante o encharcado da cintura p’ra baixo que vou vendo nalguns concidadãos.
E, já que falo em
concidadãos e mau tempo:
Alguém pode dar um
recadinho ao São Cristóvão, padroeiro dos viajantes e automobilistas? É que em
tempo de chuva torrencial e com as valetas transformadas em ribeiros, nem
sempre de pequeno caudal, conduzir rápido e perto do passeio é garantir um
banho não muito limpo aos peões que nele caminham. O terem um “sobretudo de
lata” não lhes dá o direito de assim tratarem quem não o tem, por opção ou com
condição.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário