segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cidadãos!




المواطنين!
Burgers!
Bürgerinnen und Bürger!
Herritarrek!
Ciutadans!
Građana!
Mamamayan!
Citoyens!
მოქალაქე!
Πολίτες!
Sitwayen!
אזרחי!
Borgere!
בירגערס!
Saoránaigh!
Citizens!
Borgara!
Cittadini!
Civium!
Rakyat!
Cidadáns!
شهروندان!
Cetăţenilor!
Граждан!
Wananchi!
Medborgare!
พลเมือง!
Vatandaşlar!
Громадян!
công dân!

Não confiscável




Ao longo dos anos tenho tido oportunidade de respirar o mesmo ar que figuras gradas de todos os tipos de quadrantes – desporto, política, artes…
Para muitos dos que aqui vão passando, talvez que considerassem como importante o ter estado a poucos, muito poucos, metros de um Papa. Ou de ter conhecido ao vivo o tom de pele e o timbre da voz de todos os presidentes da República desde ’74. Ou ainda de ter ombreado com medalhados de Olímpicos Paralímpicos. E já nem refiro os jogadores de futebol.
Mas, confesso, o meu momento alto não foi com ninguém destas categorias.
Foi, antes sim, o ter tido ao mesmo tempo na minha objectiva José Saramago, Sebastião Salgado e Chico Buarque De Holanda.
Três muito grandes, que me fizeram muito pequeno.
São-no, ou foram-no, pelo trabalho que fizeram, pela criatividade que usaram, pelo que fizeram e deixaram pelo género humano.
Os outros? Bem, serão grandes porque é o que dizem deles. Ou porque, em competição, foram melhores que outros.
Quem é grande é-o, sem que o tenham que afirmar os demais ou que competir com quem quer que seja. E estes três são grandes, seja qual for a bitola.
E eu, pequenino que sou, tive o raro privilégio de estar com eles, juntos, durante mais de uma hora.
Este troféu nem os políticos que hoje temos mo conseguirão confiscar!

By me

Uma novidade de susto




Tinha chegado cedo ao meu bairro, vindo do trabalho. Ainda faltava um bom pedaço para o autocarro que me levaria até casa, mas não me apetecia trepar tudo aquilo a pé. Fiquei por ali, à espera.
Ainda que com a câmara na mochila, os meus olhos e atenção vagueavam em redor, vendo o que havia para ver, e tentando decidir se valeria a pena fazer um registo – na memória, nas palavras ou na luz. E dei com algo.
No passeio da estação uma patrulha apeada da PSP. E caramba, pensei, se na escola de polícia usassem fraldas, estes ainda cheirariam a tal. Que tudo neles era novo, desde as idades ao fardamento, passando pelo que traziam pendurado no cinturão, igualmente novinho em folha. A única coisa que não era nova era o rádio de serviço – e via-se à distância. Mas aquele que o segurava tratava-o como se “brinquedo novo” se tratasse.
Aliás, a “verdura” da patrulha era tal que, estando um deles a tomar algo no café da estação, passou um carro particular cujo condutor saudou com um gesto o que se mantinha no passeio. Mais ainda, o carro inverteu a marcha numa rotunda um pouco adiante e tornou a passar pela estação, desta feita junto ao passeio e em marcha lenta. E, pela janela do passageiro, perguntou: “Então? Está tudo bem?” A resposta do fardado ao paisano foi também lacónica: “Até agora sim!”

Passado um pouco eu, que assistia a isto enquanto procurava algo onde usar a energia da bateria da minha câmara, descubro um jogo de luz e cor que me pareceu apetitoso. E tirei a mochila das costas para aceder ao seu conteúdo.
Pois o patrulheiro, ao aperceber-se pelo canto do olho do meu movimento brusco de alijar a carga, voltou-se qual Luky Luke, só faltando mesmo o sacar da arma.
Inconsequente este seu gesto, para além do rubor que lhe tingiu o rosto e que procurou disfarçar com um retomar a posição inicial. Manteve-se ele alerta para o eventual surgir de um meliante ou criminoso, fui eu tratar de guardar a luz antes que fugisse.
Fico mesmo é sem saber que lhe terão dito na escola de polícia e que discurso terá ouvido no início do turno proferido pelo graduado de serviço, como nos habituámos a ver na “Balada de Hill Street”. O susto, ninguém lho tirou.
Espero que a tranquilidade do ofício venha mais depressa que o envelhecer do fardamento e estojos para as “ferragens”.
Por mim, aprendi que junto a agentes novatos se tira a mochila do lombo devagar e sob o seu olhar atento. Não vá dar-se o caso de a sua reacção ser um pouco mais que apenas o rodar sobre os calcanhares.

Texto e imagem: by me

All Star




Já fez parte do guarda-roupa obrigatório de qualquer jovem que quisesse estar mesmo na moda.
Agora… Bem, agora é agora!

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domingo, 30 de outubro de 2011

Graffity e falta de vista



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Exercício Estrela 10-2011

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01


Foi um exercício falhado.
A proposta, minha por sinal, era de fazermos, numa hora e em parte do Jardim da Estrela, 30 fotografias.
Admito que levei nas orelhas – e bem – já que limitei a fazer 17 imagens.
Talvez que precisasse de mais uma hora. Ou talvez não me sentisse inspirado. Ou com falta de noção do tempo. Além do mais, e isso eu sei-o bem, a reportagem não é o meu forte, supondo que tenho algum.
Aqui ficam todas, sem omissões, com o tipo de pós-tratamento que lhes costumo dar.
Resultado: exercício falhado.

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Rotinas


E pronto, lá tive eu que fazer a ronda pelos relógios aqui de casa.
Escapou a ampulheta, mas essa não conta.

Reflexão matinal de Domingo




Começo a ficar cansado da estratégia do “devagarinho, devagarinho, vai tudo!”
E estes nossos governantes são especialistas nisso:
- Primeiro dizem que é só meio subsídio de natal que é confiscado; depois dizem que é todo, mais o de férias, mas que é só por dois anos; agora sugerem que pode ser permanentemente.
- Primeiro advogam que o trabalho extraordinário tem que ser pago a valores mais baixos; depois decidem que se terá que trabalhar mais meia hora por dia; agora declaram que essa meia hora pode ser acumulada e que se poderá ter que trabalhar, gratuitamente, mais dia e meio por mês.
- Primeiro alertaram que este será um ano muito difícil; depois informam que serão mais dois de austeridade; agora avisam que o apertar do cinto será por muitos mais anos.

Sempre gostaria de saber se estes nossos ministros e secretários de estado, bem como deputados, se no lugar de terem como profissões de origem (nalguns casos ainda mantida em paralelo) meramente de serviços como a advocacia ou docência ou consultadoria ou economia ou politologia tivessem ofícios realmente produtivos como torneiros ou amanuenses ou atendimento de balcão ou agricultor ou motoristas ou costureiro, se dariam de barato estes lentos e progressivos aumentos de penosidade e estas lentas, consolidadas e progressivas diminuições de rendimentos e tempo para a família e para viver.
Gostaria de saber como reagiriam se, para além da diminuição dos rendimentos e dos aumentos generalizados dos bens e serviços, ainda tivessem despesas acrescidas, como o ter pagar que mais dia e meio mensal (ou meia hora diária) a uma ama ou creche para os filhos. Ou ter que optar por percursos mais longos e demorados de e para o trabalho porque não há como pagar portagens. Ou a ter que deixar o emprego porque o fim dos horários dos transportes públicos passará a ser antes do acabar o turno de trabalho na loja ou fábrica.

Esta situação recorda-me uma conversa atribuída a Maria Antonieta, algures no séc. XVIII:
“Senhora!” ter-lhe-ão dito “O povo não tem pão!”
“E depois? Façam como eu, comam brioches.”

Texto e imagem: by me

sábado, 29 de outubro de 2011

Aproveitem!




É fartar, vilanagem!
Aproveitem e desfrutem tudo o que puderem. Mais: registem com letras douradas a data, que o esforço compensará.
Tratem de não esquecer esta noite e madrugada, que é a primeira - e será a última - que este governo decide dar alguma coisa sem cobrar impostos ou subsídios.
Mais uma hora de sono ou de amor, esta noite.
Aproveitem!

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Pensando um pouco




O regime político da sociedade em que vivemos pauta-se por três poderes: legislativo, executivo e judicial.
E, ainda que o poder judicial não seja “democrático” na medida em que não é objecto de sufrágio universal, certo é que os seus elementos são escolhidos ou seleccionados por outros “mestres do mesmo ofício”, na sequência de provas dadas, o que lhes confere um cariz de isenção política.
Por seu lado, os poderes executivo e legislativo são objecto de eleição por parte de todos os cidadãos, conferindo aos actos e decisões que tomam o carácter de representarem as vontades dos eleitores.
A par com estes poderes instituídos na sociedade existe um quarto, relativamente recente na história: a comunicação social.
Supostamente este poder de influenciar as opiniões dos seus ouvintes, leitores ou espectadores funciona à margem das influências políticas, sendo, idealmente, imune às pressões partidárias ou governamentais.
Mas a comunicação social, seja qual for o suporte, não é gratuita na produção. Custa dinheiro, muito dinheiro. E estes recursos surgem de três fontes possíveis: a venda do produto directamente ao consumidor, da publicidade incluída e das subvenções estatais, no caso de empresas públicas ou de serviços públicos.
Por cá, a empresa pública de televisão, reparte as receitas pelas três fontes, equilibrando a relação entre receitas e despesas entre as subvenções públicas e a publicidade. As outras empresas de televisão, privadas que são, têm como objectivo a obtenção de lucro, jogando em exclusivo com a capacidade de fazer negócio com a publicidade.
Do ponto de vista de independência na informação que produzem, e para além do eventual cumprimento dos códigos deontológicos a que os profissionais estão obrigados, só mesmo a televisão pública está realmente obrigada a isso. Depende em boa parte do que o estado lhe paga ou, se preferirem, do que os cidadãos pagam através dos seus impostos. As estações privadas, pese embora o tal código deontológico, podem produzir os noticiários e demais formas de informação como entenderem, já que apenas respondem perante os accionistas. Privados e com o simples objectivo do lucro.
Mas sendo igualmente certo que as subvenções Estatais para o serviço público de televisão são limitadas, mesmo inferiores às despesas que tal serviço implica, as receitas publicitárias são o que fazem a diferença nos orçamentos, permitindo produzir conteúdos mais dispendiosos, apelativos aos publicitários, que permitam garantir as despesas inerentes as esses produtos bem como cobrir as de outros produtos, não tão apelativos mas desejados pelo público. Público esse que é a razão de ser da existência da estação emissora.
A actual proposta governamental de privatizar parte da estação pública de televisão e privar o canal público de toda a publicidade irá reduzir até ao limite, ou para além dele, a capacidade de produzir conteúdos televisivos que não apenas sejam do agrado do grande público como possam suportar outros conteúdos que, não sendo tão “generalistas”, representem a cultura nacional e gostos da população.
Só para dar um exemplo, os eventos desportivos, de grande ou pequena monta, são dispendiosos. E são pagos, em boa medida, pela publicidade que lhe está associada. Não havendo esta, não será possível pagá-los, a menos que se reduzam os custos das demais produções (culturais, infantis, documentais, informativas…).
Mas, mais ainda: ao manter o orçamento da estação pública de televisão dependente em exclusivo do poder governamental, e sendo este representativo apenas do partido maioritário no parlamento, tornará os conteúdos a emitir muito mais dependentes deste. E não das vontades da totalidade da população, como seria se dependesse também das audiências e respectiva publicidade ou, como no caso de vários países, se dependesse directamente do parlamento, onde está representada a esmagadora maioria da vontade do país.

Por outro lado, sabemos que as estações privadas, ainda que tenham como objectivo o negócio e o lucro que ele pode proporcionar, não estão à margem de tendências políticas. Os seus proprietários movem-se na esfera político-partidária a alto nível, satisfazendo certas tendências e neutralizando outras. Por sistema e de uma forma mais ou menos manifesta e aberta.
Não creio que quem quer que se candidate à compra de um canal televisivo a privatizar seja diferente dos existentes.
Em sucedendo essa privatização teremos três canais (privados) que emitirão informação e que se presume que sejam isentos de tendências político-partidárias, mas que não o serão. E um canal (público) que dependerá em exclusivo, do partido mais votado no parlamento. Em regra, em linha com os interesses das estações privadas.
Com a privatização de uma canal da RTP e da exclusão da publicidade dos canais remanescentes, ficará quase que por completo excluída da sociedade portuguesa a possibilidade de haver informação televisiva independente dos poderes político-partidários.

A insistência e irredutibilidade governamental na privatização de parte da RTP não se prendem com questões orçamentais ou com memorandos internacionais.
O cerne da questão é o poder, o quarto poder, e a possibilidade de o ajustar às necessidades partidárias e interesses privados. Os interesses nacionais, no sentido de serem os de todos os portugueses, estão bem arredados destas decisões.
Será de todo em todo importante que se tenha bem consciência destas questões antes que a situação se torne irreparável.

Texto e imagem: by me

Seaside



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2 CV




Não é preciso perceber muito de carros, ou mesmo ter conduzido algum na vida, para se reconhecer isto.
E estou em crer que muitos serão que ao verem esta frente, ou mesmo apenas ouvirem o ruído que lhe está associado, recordarão um pedaço do passado, muito provavelmente de boa memória.
Até porque, ter um 2 CV não é ter um duplo currículo ou ter um automóvel: é ter uma forma de estar na vida!

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Head power




A maioria das revoltas na história serviram para restaurar uma justiça que há muito estava sendo abusada, ou fora esquecida. Mas a Revolução Francesa proclamou o princípio universal do Futuro Melhor. A partir daquele momento todos os partidos políticos tanto de esquerda como de direita foram obrigados a fazer a promessa que dizia que a quantidade de sofrimento no mundo estava sendo estava sendo e seria mais reduzido. Assim toda a aflição até certo ponto se tornava num lembrete de dor, mas que podia ser parcialmente trancendida se a sentíssemos como um estímulo para fazermos esforços ainda maiores em prol de um futuro no qual a dor não existiria. A aflição tinha uma válvula de escape histórica! E durante esses dois séculos trágicos, até a tragédia era pensada como algo prenhe de promessa.

In: “Bolsões de resistência”, de John Berger, editorial Gustavo Gilli, SA
Imagem: by me

Porque ler é um prazer



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Só para que se não esqueça




Será útil que alguém diga a este senhor, bem como aos que o acompanham na governação do país, que tendo que haver alguém a decidir sobre alguém, é o povo português que decide sobre os governantes e não estes sobre aqueles.
Que os governantes estão na posição que ocupam para fazer cumprir a vontade dos cidadãos e não as suas vontades individuais.
E que alterações de fundo da sociedade não podem resultar das decisões arbitrárias, ainda que fundamentadas em teorias, de um punhado de gente mas sim da decisão e vontade esclarecida de todos os cidadãos.
E, de caminho, recordar-lhes que quem lhes paga o ordenado (e demais mordomias) é conjunto dos portugueses, tornando-os, assim, funcionários públicos.
Eis parte do texto lido hoje, no jornal Público:

Passos diz que cortes nos subsídios são “temporários até 2014”, mas admite passagem a 12 vencimentos

O primeiro-ministro português não excluiu ontem a possibilidade de a Função Pública passar a 12 vencimentos. Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas em Brasília, depois do encontro com a presidente brasileira Dilma Rousseff.
Instado a comentar as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que deu a entender a existência dessa hipótese, o primeiro-ministro disse: “Muitos países europeus em vez de 14 pagam 12 [vencimentos]. Pode vir a acontecer ou não em Portugal. Não excluo que isso possa vir a acontecer.”
No entanto, Passos Coelho fez questão de insistir que os cortes anunciados são “medidas temporárias até 2014”. Será preciso “saber se depois se retorna [à situação normal]”, mas ainda “é prematuro” dizer. “Isso não acontecerá de forma automática, ressalvou, no entanto.

Imagem: a mesma fonte

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Uma questão de princípio




Estávamos de conversa e, a dado passo, disse-me que deixara de pagar multas de trânsito. Pelo menos algumas. Que quando as deixam no limpa-vidros do carro olha para elas e deita-as fora.
“Eles que venham cobrar”, acrescentou.
Pormenorizando, contou que a sau rua tinha sido objecto de mudança de trânsito e que passara a ser proibido parar ou estacionar, como sempre fora. E que não tinha como estacionar perto de casa, como sempre fizera, desde há mais de vinte anos.
“Não me interessa! Não pago! Não é justo nem sequer faz sentido, que a rua é larga e dá para tudo. Eles, se quiserem, que me processem!”
Mas acrescentou, em tom mais baixo:
“Bem, se depois e por causa disso me suspenderem o reembolso do IRS, vou lá e pago tudo na hora, claro.”
No início pensei que, apesar de o conhecer há muito, sempre seria um homem de princípios, cá dos meus, que se bate por aquilo em que acredita.
Mas, ao ouvir a conclusão, acabei por reconhecer o meu interlocutor:
Um homem de princípios mas com fins rápidos. Bate-se por aquilo em que acredita, desde que não saia prejudicado. Muito menos prejudicado no bolso ou no conforto.
São tantos os que assim se comportam que se os armasse e equipasse bater-me-ia de igual para igual com os exércitos mais poderosos do mundo.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sequela


Para breve o segundo episódio.
Desta feita protagonizado por PPC e rodado em todo o País.

Fotografia de interior




Pergunto-me se o São Pedro não andará a ver demasiados filmes policiais classe B, daqueles do polícia bom e polícia mau.
É que com esta coisa de “um-dia-de-bom-tempo, um-dia-de-mau-tempo, um-dia-de-bom-tempo, um-dia-de-mau-tempo”, não sei o que quererá ele que confessemos.
Para além, claro está, dos disparates eleitorais dos últimos decénios e de andarmos a confiar nos sistemas bancários e de informações de segurança como se de amas-de-leite se tratassem.

Ah, é verdade: a fotografia é de interior, claro. Que, com este tempo, não esperem que vá com as minhas câmaras p’rá rua!

Texto e imagem: by me

Encolheu




Talvez devido à chuva tenha encolhido e já não sirva.
Ou o contrário, quem, sabe.
Note-se, no entanto, que apesar do seu diminuto tamanho já usa os atacadores em cruzado. Precoce o puto, hein!?

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Os cinzentos




Tenho uma certa tendência para não aceitar como sinceros e/ou honestos aqueles que se escondem atrás de um fato e de uma gravata todos os dias do ano, excepto quando de folga ou de férias.
A sensação que tenho é a que não me estão a dizer aquilo que pensam ou sentem mas tão somente  aquilo que foram industrializados a pensar ou sentir. Ou, ainda pior, aquilo que foram forçados a dizer.
Infelizmente tenho (temos?) inúmeros casos que consubstanciam esta sensação. Desde muito atrás no tempo até tão recentemente que parece que o estou a viver neste mesmo momento.
E, sobre estas pessoas, não me apetece fazer uma imagem.

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dás-me lume?




Incomoda-me! Irrita-me! Chateia-me! Faz-me quase espumar de raiva!
Ver gente nova, que ainda ontem mal tinha onde cair morta, só porque conseguiu encontrar um cantinho laboral, renegar os demais e dizer: “Que vão trabalhar! Se eu consegui, eles também conseguem!”
Esses e outros, que esquecem o seu próprio percurso, que não se preocupam com os que ficaram para trás, mas tão só em como ultrapassar os que estão na frente, esses passo a riscar da minha convivência, a não lhes dirigir a palavra, nem mesmo a dar-lhes lume para um cigarro.
Afinal, se eu posso ter isqueiro e carregado, também eles podem.

Texto e imagem: by me 

Areias



Certamente que não da praia.

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Depois da tempestade




Depois da tempestade, muito se falou dos tectos que voaram. Mas pouco sobre os que desabaram.
Depois da tempestade, muito se falou sobre os tempos de espera numa aerogare, mas pouco se falou sobre os tempos de espera no hospital.
Depois da tempestade, muito se falou sobre a falta de informação, mas pouco se falou sobre os que se deitaram sobre os pequenitos para que não apanhassem com as traves que caiam.
Depois da tempestade muito se falará sobre os custos de reconstrução do aeroporto, mas pouco, se alguma coisa, sobre como ou com quê se reconstruirá o acampamento cigano destruído.
Que tudo o vento levou, incluindo as estórias dos pobres e dos ciganos.
Honra a quem o contou, por pouco que fosse. Na RTP!

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None



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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

As grades



Da cama ou da barricada

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Um nico de luz




Desculpem lá qualquer coisinha, mas não resisti a um nico de luz.

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Kit completo



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domingo, 23 de outubro de 2011

Fruta da época




Confesso que não sou grande fã de chuva.
Eu sei que há a questão das plantinhas, e dos lençóis freáticos, e da desertificação do planeta, e coisa e tal…
Mas as minhas câmaras e objectivas não gostam de chuva e eu, na dúvida, alinho por elas.
Também não gosto lá muito do vento.
Já nem falo das relações não muito próprias, por vezes mesmo debochadas, em que a ventania e o meu chapéu se envolvem, rebolando desassombradamente na calçada ou na relva. Não.
Falo mesmo de ter que segurar a barba, não vá ela levantar quanto baste e tapar-me os olhos. Ora todos sabem que andar na rua de olhos tapados não é, propriamente, o que há de mais seguro.
Agora quando se juntam o vento e a chuva… Valham-me todos os deuses do Olimpo!

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Nem luz nem sombra




Há três tipos de pessoas:
As que fazem as coisas acontecerem;
As que vêm as coisas acontecerem;
As que perguntam “O que é que se passa?”

Há ainda um quarto grupo: as que, podendo fazer as coisas acontecerem, se fecham no seu mundinho de faz-de-conta, não correndo nenhum risco de o pôr em causa. São estes que me incomodam de sobremaneira, que não são nem luz, nem sombra, antes pelo contrário: Impedem as coisas de acontecerem!

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De trazer por casa




De todo o calçado abandonado que tenho encontrado nas ruas, são os chinelos de quarto que mais vezes vejo em pior estado de conservação.
O jogar fora e comprar um novo não se deverá a qualquer questão de moda ou a se estar farto desta peça de vestuário. Estou mesmo em crer que é daquelas coisas que se fazem, neste campo, com mais relutância.
Que um chinelo de quarto, ou de trazer por casa, é daqueles objectos que ultrapassam o limiar da intimidade e fazem mesmo parte de quem os usa. Que o conforto físico e psicológico de os usar vai para além de qualquer convenção ou moda da moda.
Que o diga a simplicidade do seu desenho, a ausência de atilhos, saltos altos ou enfeites metálicos.
Que idade têm os seus chinelos de quarto?

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Os media e a crise




Do que por cá se passa vamos sabendo, mais orçamento, menos défice, mais declaração, menos manifestação. E com a certeza de sabermos que a procissão ainda não saiu do adro.
Da Grécia também vamos sabendo, que as Tvs e os jornais nos vão mostrando os confrontos entre a população e as polícias, as lojas fechadas e os hipotéticos perdões.
Da guerra na Europa também vamos tendo notícias, ainda que só vejamos os sorrisos, os apertos de mão e as entradas para as cimeiras. Que os sempiternos inimigos – França e Alemanha – continuam a bater-se pelo poder no velho continente, usando bancos e políticas no lugar de trincheiras e granadas.
Mas da Irlanda, igualmente em apuros, que igualmente pediu ajuda e para quem igualmente se abriram os cordões à bolsa, nada nos contam. Nem se resultou ou nem por isso, nem os ratings nacionais ou empresariais. Como exemplo nada vale, positivo ou negativo.
Da Islândia, então, nem se sabe que existe. Que não é bom de referir que se revoltaram política e economicamente, que mandaram às urtigas os esquemas bancários internacionais e que alteram a lei para poderem levar a tribunal quem os governou e levou a tal situação.
Diz-se que a informação é o quarto poder. Perigoso este poder, porque não sufragado. Perigoso este poder porque, não definindo ou escrevendo leis ou normas, condiciona comportamentos e pensares com o que relata, como e quando relata e com o que omite.
Cria uma realidade informativa, em género de realidade virtual, e onde o que não é narrado não existe.
Saber aceder aos media, saber questioná-los, saber procurar fontes contraditórias ou complementares e, do conjunto, saber tirar as próprias conclusões, deveria ser conteúdo obrigatório na escola básica.
Que acreditar cegamente no mundo dos media é pior que acreditar nas promessas de um político ou mesmo no Pai Natal.

Texto e imagem: by me

Podes matar o teu inimigo com uma fina adaga espetada no coração ou usando um montante para o abrir de alto a baixo.
O resultado prático é o mesmo, mas o primeiro é esteticamente mais agradável. 

sábado, 22 de outubro de 2011

Ah pois é!




Jogado fora, mas com os atacadores apertadinhos. Tudo como deve ser!

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Photograffity



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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Do Rossio ao Min. das Finanças










Eram menos. Bem menos que no Sábado passado.
Mas se pensarmos que se trata de uma semana de luta e não de uma jornada de luta, justifica-se a distribuição de gente e esforço p’lo tempo e espaço.
E estavam organizados nos grupos, nas palavras de ordem, nas bandeiras e nos cartazes. Até na logística técnica de apoio.
Mas fará todo o sentido que os sindicatos e as organizações sindicais comparem números. De comparência. Da quantidade de sócios em Portugal e noutros países europeus. Dos que militam e dos que apenas fazem número nas listas. E dos porquês das discrepâncias.
E que se lembrem que são os sindicatos que devem seguir as vontades das pessoas e não o invés, como alguns pensam.
Em qualquer dos casos, todos seremos poucos para demonstrar o nosso descontentamento!

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