segunda-feira, 28 de outubro de 2013

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O rescaldo é sempre assim: o treinador não treinou, o árbitro não viu, o jogador não chutou. É sempre assim.
Da bancada, do sofá, da mesa do café. Comentado ao balcão, na cantina, no autocarro.
Agora ver esses mesmos que assim comentam no relvado, mas que não acertam na parede de um palácio a cinco metros… isso não vejo!
Gostar ou não gostar é um direito próprio. Dizê-lo também e houve uns quantos que se bateram e batem por isso. Mas é um dever de todos, dos que dizem e dos que não dizem, de fazer algo para merecerem esse direito.
Houve quem não gostasse da vertente cultural. Admissível esse direito e essa opinião.
Talvez, quem sabe, que preferissem um discurso de um líder que, no final, desse por encerrado o acto e mandasse dispersar. Como é prática corrente. Tão autocrático quanto “O País pergunta” ou “Conversas em família” (para quem se lembra destas).
Ou talvez preferissem, e é seu direito, que um discurso inflamado conduzisse toda aquela gente, incluindo os que estavam ao colo de seus pais e os que gritavam do alto das suas cadeiras de rodas, para um assalto sangrento ao cimo das escadas.
Ou ainda…
Certo! Houve quem não gostasse. E a democracia é isso. Mas sugiro que, no lugar de patearem da plateia, saltem das suas poltronas para o palco e façam. Não importa o quê, mas façam. Digam, ajam, organizem… mas façam, em lugar de apenas protestar contra um evento, para o qual até foram ou não foram, mas que mais não fizeram.
Quando todos fizerem algo, mesmo que alguns não gostem, então alguma coisa mudará.
Porque, gostem ou não disso, não estamos a tratar de um jogo com vinte e dois tipos e uma bola, em que para o ano há outro campeonato!


Imagem: algures da net

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