O
rescaldo é sempre assim: o treinador não treinou, o árbitro não viu, o jogador
não chutou. É sempre assim.
Da
bancada, do sofá, da mesa do café. Comentado ao balcão, na cantina, no
autocarro.
Agora
ver esses mesmos que assim comentam no relvado, mas que não acertam na parede
de um palácio a cinco metros… isso não vejo!
Gostar
ou não gostar é um direito próprio. Dizê-lo também e houve uns quantos que se
bateram e batem por isso. Mas é um dever de todos, dos que dizem e dos que não
dizem, de fazer algo para merecerem esse direito.
Houve
quem não gostasse da vertente cultural. Admissível esse direito e essa opinião.
Talvez,
quem sabe, que preferissem um discurso de um líder que, no final, desse por
encerrado o acto e mandasse dispersar. Como é prática corrente. Tão autocrático
quanto “O País pergunta” ou “Conversas em família” (para quem se lembra
destas).
Ou
talvez preferissem, e é seu direito, que um discurso inflamado conduzisse toda
aquela gente, incluindo os que estavam ao colo de seus pais e os que gritavam
do alto das suas cadeiras de rodas, para um assalto sangrento ao cimo das
escadas.
Ou
ainda…
Certo!
Houve quem não gostasse. E a democracia é isso. Mas sugiro que, no lugar de patearem
da plateia, saltem das suas poltronas para o palco e façam. Não importa o quê,
mas façam. Digam, ajam, organizem… mas façam, em lugar de apenas protestar contra
um evento, para o qual até foram ou não foram, mas que mais não fizeram.
Quando
todos fizerem algo, mesmo que alguns não gostem, então alguma coisa mudará.
Porque,
gostem ou não disso, não estamos a tratar de um jogo com vinte e dois tipos e
uma bola, em que para o ano há outro campeonato!
Imagem:
algures da net
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