Se
há coisa que não posso fazer é prever o futuro.
Enfim,
sempre posso opinar sobre este ou aquele aspecto, baseado em deduções lógicas e
na experiência do passado. Agora prever o futuro, como um adivinho ou guru…
isso não posso fazer.
Em
relação à meteorologia, não sei prever mais que qualquer outro. Chuva, sol,
temperaturas… Baseio-me no habitual, com auxílio de informação e previsão de
quem disso sabe com a exactidão que a ciência permite, que não é muito.
E
quando quero saber com razoável grau de rigor, vou consultar alguns sites: a
meteorologia portuguesa e um outro (windguru.cz) que faz previsões orientadas
para praticantes de windsurf. Nem sempre os dois estão de acordo nos detalhes e,
admito, o segundo é mais certeiro que o primeiro.
O
que acaba por ter graça – ou nenhuma, em boa verdade – é o que constato no
jornal Público de hoje no que toca a previsões meteorológicas.
Conta
ele que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê períodos de chuva
forte a partir das 12h, hora marcada para o início das concentrações nas duas
principais cidades do país.
Ora
acontece que consultando o site correspondente, sou informado que isso será
apenas para o Porto. De Lisboa diz-se “aguaceiros pouco frequentes”. Indo mais
longe, o windguru informa-me que haverá, eventualmente, aguaceiros apenas pelas
13 horas em Lisboa, nem antes nem depois, e de valores inferiores a meio milímetro
por metro. Por outras palavras, daqueles que nem sequer dão para lavar a rua.
A
juntar às previsões de quem faz disso vida, junto eu a minha, baseada na experiência:
Desde
que este desgoverno assumiu o poder, nenhuma manifestação marcada para Lisboa,
fosse com que antecedência fosse, aconteceu em dia ou noite de chuva. Nem uma só
que fosse. Pelo que posso deduzir, estatisticamente, que hoje não choverá (ou
quase) em Lisboa.
Fica,
assim, a pergunta honesta: que interesse terá este jornal Público (que o artigo
em causa nem sequer está assinado) em dar informações erradas sobre as condições
atmosféricas no dia de uma manifestação polémica e que se prevê de grandes
dimensões?
Quanto
à imagem, saiba-se que foi feita nos primórdios dos anos 80, em Lisboa. E já
nessa altura nem a chuva – real – demovia os portugueses de manifestarem a sua
opinião.
By me
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