Por uma vez, que não
foi sem exemplo mas foi realmente rara, coloquei numa rede social algo de realmente
fofinho.
A “história” da
recolha e socialização de um cachorro abandonado e com medo. É fofinha, é
bonita, tem um final feliz… tem tudo para ser um conto de fadas canino.
Resultado? Um já
nem sei quantos “gosto”, alguns de gente que nem conheço.
Bonito, em termos
de popularidade.
Em alternativa,
aquilo que vou pondo na mesma rede social, de contestação, denúncia, factos da
vida, são vistos e referenciados apenas p’los do costume. Péssimo em termos de
popularidade.
Se ser popular
fosse o meu objectivo, tinha aqui uma boa lição, sem dúvida. Mas não é.
O que vou
colocando nas redes sócias não corresponde a um “second life”, que falhou
redondamente por exigir dos utilizadores algum tipo de conhecimento ou destreza
com as TIC e, o que é pior, fazer e pensar algo.
As actuais redes
sociais substituíram-no em pleno: as coisas beras da vida ficam lá fora e os
utilizadores procuram nelas os contos de fadas, reais ou não, que sublimem as
frustrações sócio-político-económicas que levam para casa todos os dias.
De facto, quem
fotografa, relata, lê ou vê as coisas feias da vida?
Viva a fôfura dos
gatinhos, cãezinhos e ofícios correlativos.
By me
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