A
cobrança de juros é agiotagem.
O
termo “agiota” é considerado insulto.
Donde
os bancos, que cobram juros pelos seus empréstimos, são agiotas e praticam a
agiotagem.
Indo
mais longe, este emprestar e quer de volta mais que o emprestado considera-se
legal se praticado por bancos.
O
que leva à conclusão que a lei, mesmo proibindo a agiotagem em geral e punindo
os agiotas, favorece alguns em particular. A lei não é isenta.
Mas
digamos que este negócio de agiotas, este emprestar e cobrar por isso, apenas
mexe com dinheiro. Ressalve-se a aparente insignificância do termo “apenas”,
que este mundo funciona em torno do dinheiro.
Aliás,
“o mundo é uma moeda que gira apoiada na ponta de um pénis”, por muito violenta
que possa parecer esta afirmação.
Grave
mesmo é quando os agiotas, os tais que são condenados, fazem o seu negócio bem
para além de dinheiro. Quando impõem modos de vida, quando intervêm em questões
pessoais, do foro privado. Quando pedem de volta, para além do emprestado e dos
juros, trabalhos forçados, quebra de princípios, o ignorar de códigos de
conduta ou morais…
Imagine-se
que quem empresta exige que quem pede se prostitua, ou que cometa um crime, ou
que renegue a sua fé…
O
cúmulo da agiotagem é quando quem empresta é alguém da família, um amigo
chegado, um confrade numa qualquer associação…
Neste
caso, e para além do negócio de empréstimo com juros, para além de se exigir
sacrifícios éticos e pessoais, é uma quebra de confiança, é um abuso de posição,
é tirar partido de uma familiaridade que se supunha fraterna.
Os
códigos morais condenam tudo isto, tanto os genéricos quanto os teológicos. Em
qualquer conversa de café, no púlpito de um templo ou em torno de uma refeição
familiar, quem assim se comporta é objecto dos piores insultos e são feitos
avisos para que se evite a sua proximidade.
…
Alguma
das coisas acima descritas não se encaixa no comportamento da chamada “troika”?
By me
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