Uma ocasião, logo
pelas oito e meia da manhã, constatei que faltava uma peça de equipamento vital
para o trabalho de três horas previsto para com os alunos.
Teria sido levado
para outro local da escola na véspera (supus), para uma qualquer actividade. E
fiquei bera por não ter sido devolvido ao local onde pertencia, que à vontade não
é à vontadinha e isso iria deixar a nossa própria actividade comprometida.
Optei pela solução
mais expedita e rápida: deixei a turma entretida já não sei com quê, pedi dois
voluntários e tratei de nós mesmos irmos em busca do que faltava.
Minutos depois, após
termos subido vários lances daquela velha e bonita escada de madeira,
pergunta-me ofegante uma das alunas que comigo vinha:
“Oh JC! Com que é
que se droga para ter, logo de manhãzinha, essa energia toda?”
Se a pergunta
fosse hoje, passados que são uns vinte anos, dir-lhe-ia o mesmo que então:
Que a melhor droga
que podemos tomar é a vontade e gosto em fazermos as coisas, bem como o sentido
de responsabilidade no que temos entre mãos.
O corpo, esse,
pode já não corresponder às expectativas da mente, pode apresentar no dia
seguinte uma factura com juros, pode mesmo querer assumir o comando das operações.
Mas enquanto
houver vontade de ir mais longe, o resto são minudências adaptáveis às circunstâncias.
By me
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