Claro que ajuda!
Nestes tempos de crise,em que o dinheiro é curto e o optimismo raro, estas
coisas ajudam.
Falo,
naturalmente, dos jornais gratuitos.
Já nem sequer são distribuídos
em mão, nas estações de caminho-de-ferro ou fluviais. Basta-lhes ter os
escaparates metálicos, com o nome visível (as cores contam muito) e quem passa
recolhe o seu.
Pouca páginas, que
o papel está caro. Títulos sensacionalistas, como não poderia deixar de ser. Que
se não forem apelativos sobre a desgraça alheia ou a que se antevê, ninguém os
quer. Nos tempos que correm, que interesse tem ler sobre a vida de sucesso de
um qualquer anónimo? Ainda se fosse do Jet Set…!
O desenvolvimento
que apresenta é, nalguns casos, o conteúdo de entrada de um qualquer jornal que
se preze. Pouco aprofunda, pouco conta que, em mais palavras, o que consta no título.
Aliás, mesmo não as tendo contado, não creio que tenham mais de 100 palavras. 50,
se for realista e se me quiser “esticar” um nico.
Já quanto ao que
contam… A par com alguns assuntos que sei de verdadeiros, a sensação que tenho,
quando me dou ao trabalho de os ler, é estar a olhar para a versão actual do “Jornal
do Incrível” ou quejando.
Nalguns casos em
que fui mesmo investigar, não encontrei uma fonte que fosse que confirmasse o
ali relatado.
Para este tipo de”jornais”,
tenho dois apodos: “folhas de couve” ou “pasquins”. Se bem que, sobre os
segundos, ainda tenho alguma consideração.
Mas claro que
ajuda!
Ajuda porque é de
borla e, nos tempos que correm, há que aproveitar de tudo. E ajuda a manter a
quantidade certa de estupidificação massiva, para que o rebanho mais não faça
que ir e vir, trabalhar e procriar. Pensar, para além do mínimo, é perigoso.
Pergunto-me o que
ou o quê, para além do negócio da publicidade, estará atrás destas publicações.
By me
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