No supermercado do meu bairro vendem-se
bilhas de gás. Faz sentido e é prático para quem consuma gás butano em bilhas.
As bilhas estão expostas ao sol. Não sei se
será muito seguro, mas tenho que presumir que sim, já que são transportadas em
camiões e ao sol. E não sei de nenhum caso em tenham explodido por esse motivo.
Estão elas dentro destas grades. Faz
sentido. Não apenas as grades estão fechadas, evitando roubos, como se torna
mais fácil deslocar várias ao mesmo tempo, usando uma empilhadora. Manual ou
mecânica.
As grades têm este aviso na ponta. O que se
pode ver na imagem, sobre a proibição de se fumar ou foguear nas imediações.
Faz sentido. O gás que está nas botijas é altamente inflamável, ou não o usaríamos
para queima, e uma chama por perto será fatal.
O que já não fará sentido é estarem as
grades, com as botijas dentro, encostadinhas a cinzeiros, aqui no supermercado
do meu bairro. Os fumadores têm tendência em se aproximarem dos cinzeiros, quer
seja para lá deixarem as pontas de cigarro, quer seja para junto a eles
acenderem-nos e fumarem-nos. Ora sabemos não ser muito recomendável fumar ou
foguear junto a botijas de gás. Aliás, é proibido pelos motivos óbvios.
Hoje foi a terceira vez que constatei tal
atentado à segurança. Segurança em geral, segurança dos clientes, segurança de
quem ali trabalha.
Da primeira vez, chamei o responsável pela
loja e fiz-lhe o reparo. Prontamente, mais ou menos, a situação foi resolvida,
com a retirada das grades com as bilhas.
Da segunda, também chamei o responsável pela
loja e ajudei a afastar os cinzeiros. Mas não fiquei nada satisfeito por se ter
repetido.
Na altura fotografei a situação e enviei a
fotografia, com o relatos dos factos para tudo quanto é sítio que pudesse
acautelar a repetição do caso: direcção geral de energia, bombeiro, polícia,
protecção civil, empresa fornecedora do gas e, naturalmente, a sede da empresa
do supermercado.
Hoje, tornei a chamar o gerente de loja.
Saiu-me na rifa alguém que não conheço. Mas que ficou assustado com a situação
e com o facto de lhe dizer que esta é a terceira vez que alerto para tal.
Assustado a ponto de me perguntar:
“Mas há muito tempo que não acontece, pois
não?”
Não lhe expliquei, porque creio que não
adiantaria, que é insignificante que não se repita há muito. Mesmo que nunca
tivesse acontecido, bastaria uma vez, e com azar, para ser a última. Para muita
gente, ele incluído.
Não creio que da próxima vez chame o
gerente de loja. Chamo é mesmo os bombeiros e a polícia e, de caminho, uma ou
duas equipas de reportagem de jornais ou televisões.
Porque não parece que o bom senso e
conversas cordatas e civilizadas sirvam de algo neste supermercado de uma
grande cadeia de distribuição.
A fotografia foi feita já depois de ter
feito as minhas compras e com a situação resolvida. Por hoje.
By me
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