Já
o tenho dito vezes sem conta: cada fotografia tem uma história e uma estória.
E
um bom fotógrafo consegue contá-las sem mais que com a fotografia.
Talvez
porque não o seja eu, é frequente as minhas fotografias ficarem aquém das
estórias em torno delas.
E
neste meu projecto (Old Fashion) com três anos de percurso e um pouco mais de
mil e duzentas fotografias feitas, algumas estórias acabam por, no geral,
repetirem-se. Com pequenas diferenças nas abordagens, nas poses e reacções ao
que recebem, para já não falar na questão em torno do preço, mais de metade das
que fiz em cada dia de jardim da Estrela acabaram por ser rotineiras na sua
variedade.
Algumas
há, no entanto, que primam por serem diferentes de todas as outras. Quer seja
por aquilo que se constata na fotografia, quer seja pelas conversas tidas antes
ou depois dela, quer seja pela empatia criada entre os dois lados da caixa de
madeira.
Esta
fotografia é, certamente, merecedora de pertencer a um álbum de selecção porque
consegue, creio eu, retratar com razoável fidelidade as estórias que a
antecederam e sucederam, bem como as pontes que se criaram entre os quatro
intervenientes: os retratados, o retratista e a maquina de retratos.
Foi
um privilégio tê-la feito e, tal como me foi dito em contra-ponto ao meu
costumeiro “Divirtam-se!”:
“Até
ao próximo episódio!”
By me
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