Fazer um périplo por lojas, em busca de um
artigo em especial pode ser uma frustração.
Em especial se em todas nem conhecem nem
consta nas suas bases de dados.
Muito pior se pode transformar se acabamos
por perceber que aquilo que não encontramos não consta por questões de
conflitos comerciais entre quem representa e distribui, por um lado, e os
retalhistas, por outro.
Foi o que me aconteceu hoje. O artigo é um
livro, sei que se encontra no mercado (alguém o comprou ontem e é edição
recente) e sei nome, autor e editora. As reacções surgem quando, para facilitar
a procura, refiro a editora.
“Não trabalhamos com ela.”, é a resposta
geral, que ouvi em seis livrarias em Lisboa. Independentes e não ligadas entre
si.
Fui ainda remetido para uma outra, uma
grande superfície livreira (e não só) que sabem que trabalham com a
distribuidora.
Acho que vou entrar em contacto com a
casa-mãe, a editora, e contar-lhe o que se passa e porque devem estar com
vendas abaixo do esperado por cá.
Em qualquer dos casos, este périplo acaba
sempre por ser profícuo. Entra-se em várias livrarias, sente-se o cheiro e o pó
dos livros, fala-se com quem sabe e gosta de livros e, por vezes, acaba-se por
sair da loja com um ou outro que nem conhecíamos ou que nunca tinha despertado
a nossa atenção até agora.
No dia de hoje foram três livros, todos de
muito baixo preço.
Este, o da fotografia, ficou na loja.
Por um lado, porque não creio que lhe desse
uso; por outro porque o seu preço não pode ser considerado baixo. Em qualquer
dos casos, e como se constata, se ficou o livro veio a fotografia.
E se não apenas não me recordo de o ver à venda
também me trás recordações distantes e de palato apurado.
A mim, à vendedora que me autorizou o fazer
da fotografia e a mais duas senhoras que acharam graça o estar à venda.
Há livros que são para ler, outros para
consultar, outros ainda para degustar.
E alguns apenas para serem fotografados e
recordados, já depois do sol posto, numa livraria.
By me
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