Volta e meia,
quando as condições climatéricas e os meus horários de trabalho permitem,
organizo aquilo a que chamo de “trocas fotográficas”.
Com um pré-aviso
ou convocatória feita pelas redes sociais, acontece aos domingos, em locais públicos
e gratuitos.
O objectivo é
trocarmos o que temos, sendo que eu dou alguns conhecimentos básicos e de
iniciação fotográfica, os demais dão o que entendem, desde que feito pelo próprio.
Não há pagamentos
ou dinheiro envolvidos e o único compromisso ali assumido é meu: comparecer com
um projecto de trabalho para a tarde. Conteúdos e exercícios.
Ajusto tanto uns
como outros para quem tem poucos ou nenhuns conhecimentos e o objectivo é que
cada um consiga tirar partido e satisfação do equipamento que tem,
independentemente da sua simplicidade ou complexidade.
Genericamente damos-lhe
o nome de “trocas”, já que é o que acontece.
Mas podem-lhe
chamar de “batata frita”, “chá dançante” ou mesmo “obturações organizadas”.
Agora, por favor!
Não lhe chamem de “evento”!
Tem um nome
demasiadamente pomposo, demasiadamente na moda, demasiadamente faceboquiano, demasiadamente
a cheirar a “algo-que-até-poderia-ser-de-borla-mas-que-afinal-é-pago” para o
meu gosto.
Não há exibições,
não há competições, não há egos a alimentar, não há compromissos comerciais.
Nada! Apenas uma partilha recíproca, em que cada um contribuiu para o todo.
Chamem de evento
aos workshop das escolas, às sessões com modelos pagos, aos beberetes do jet
set…
Comigo são “trocas”
e chamar-lhe “evento” é insultar o que ali acontece, fraternalmente.
Quanto ao resto,
saúde e saibam que este domingo há trocas, de acordo com a convocatória.
By me
2 comentários:
Mesmo que as condições climáticas não sejam as melhores, convém é que as condições climatéricas sejam favoráveis... ;)
Pois, às vezes o escrever de raiva dá nisso.
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