Fiz a fotografia só
para não dizer que não tinha feito. Ou, de outro modo, por vício.
Mas se o dia
estava a acabar assim do ponto de vista solar, ainda eram horas de acontecer tráfego
intenso e comércio aberto.
E, aproveitando o
estar nas imediações e o dia laboral já ter terminado, fui meter o nariz numas
montras que não visitava fazia tempo. Não para gastar, que não há como, mas só
para manter o vício.
Olhando para um prédio
que tem uma dessas montras, constato que a meia altura está uma faixa de uma
formação partidária. Estranhei o facto.
Se, por um lado, não
me recordava de a ver por ali, o partido que representa desagrada-me até ao
tutano.
Que se comungo com
ele alguns princípios filosóficos, fico-me pelos princípios. As suas práticas
oportunistas e demagogas têm-me desagradado profundamente, aproveitando eles
todas as circunstâncias para se propagandearem como se de sabonetes se
tratassem. Não gosto disso nem de alguns dos seus elementos destacados.
Mas estava eu a
cogitar isto mesmo e abriu-se-me uma gaveta na memória: aquele local (prédio e
andar) não me eram estranhos.
E, a menos que a
gaveta estivesse errada, fora ali mesmo que há uns anos valentes eu tivera uma
discussão das antigas numa empresa de promoção de viagens fraudulentas e em que
eu quase fora burlado. Safei-me por pouco.
Passado algum
tempo, uma conhecida minha fora enganada com um colchão “mágico”, vendido por
uma empresa também burlona e que tinha sede no mesmo local. Tentei ajudá-la,
mas sem sucesso.
Mais tarde soube
de um conhecido que quase fora apanhado num sistema de time-sharing duvidoso. E
na mesma morada.
Não sei com rigor
exacto se seria o mesmo prédio e andar. A minha memória afiança-me que sim mas
não o posso provar.
Mas a dar fé no
que me recordo, à distância e recentemente, aquele local terá poderes de a ele
atrair aldrabões, vigaristas, oportunistas, e outros -ões e -istas do vocabulário.
Talvez que
maldição imobiliária, se isso existe.
By me
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