terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O tema do dia



Um dos temas do dia foi, se me não engano, o holocausto e a barbárie dos campos da morte nazis.
Tema terrífico, horrendo, uma vergonha para a espécie humana. O simples facto de nisso se pensar provoca arrepios na espinha.
No entanto algo há no tratamento deste triste momento da história que me desagrada profundamente: a memória selectiva.
Falamos dos milhões de judeus que foram dizimados cientificamente, com a metodologia e eficiência que elogiamos no povo alemão.
Mas deixamos de fora, quiçá convenientemente, os muitos milhares de ciganos que tiveram a mesma sorte. Pelo mesmo método e com a mesma eficiência. Tal como os homossexuais. E os comunistas. E os sindicalistas. E os anarquistas.

Da história contamos o que queremos e o que é “aceitável” que se saiba. Bom exemplo é o período dos descobrimentos portugueses e os negócios de escravos. Ou quem se lembra (ou mesmo sabe) dos meninos judeus enviados para São Tomé em 1492 e do seu destino? Ou o massacre de 1506, em Lisboa? Ou quem sabe a origem das nossas afamadas alheiras?

Da história contamos o que queremos e sabemos o que é conveniente.

Sobre o holocausto nazi, não deixemos ninguém de fora!

By me

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