Um dos temas do dia foi, se me não engano,
o holocausto e a barbárie dos campos da morte nazis.
Tema terrífico, horrendo, uma vergonha para
a espécie humana. O simples facto de nisso se pensar provoca arrepios na
espinha.
No entanto algo há no tratamento deste
triste momento da história que me desagrada profundamente: a memória selectiva.
Falamos dos milhões de judeus que foram
dizimados cientificamente, com a metodologia e eficiência que elogiamos no povo
alemão.
Mas deixamos de fora, quiçá
convenientemente, os muitos milhares de ciganos que tiveram a mesma sorte. Pelo
mesmo método e com a mesma eficiência. Tal como os homossexuais. E os
comunistas. E os sindicalistas. E os anarquistas.
Da história contamos o que queremos e o que
é “aceitável” que se saiba. Bom exemplo é o período dos descobrimentos portugueses
e os negócios de escravos. Ou quem se lembra (ou mesmo sabe) dos meninos judeus
enviados para São Tomé em 1492 e do seu destino? Ou o massacre de 1506, em
Lisboa? Ou quem sabe a origem das nossas afamadas alheiras?
Da história contamos o que queremos e sabemos
o que é conveniente.
Sobre o holocausto nazi, não deixemos ninguém
de fora!
By me
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