“Boa tarde”,
disse-me.
“Para si também:
boa tarde”, respondi.
Levantou os olhos
da caixa registadora à sua frente e encarou-me, tentando perceber se ouvira um
insulto ou uma saudação. O meu sorriso esclareceu-a e igualou-o.
“Estaria uma boa
tarde se não fosse este frio e chuva”, acrescentou.
“Frio? Chuva? Isto
não é chuva, é só humidade intensa. Chuva estará quando for tomar banho. E também
não está frio, está só fresco. Que frio mesmo espero que esteja no meu frigorífico”,
retorqui.
O sorriso
transformou-se em gargalhada e perguntou-me se eu queria um café cheio, como de
costume.
Confirmei-o e
bebi-o. E, nos entretantos, guardei na carteira aquele riso, que me fez ganhar
o dia.
By me
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