Tive um
companheiro de trabalho com quem me zanguei a sério. Até hoje.
Volta e meia
acontecia que os nossos horários coincidiam e podíamos almoçar ou jantar
juntos. Aconteceu anos a fio sem problemas, apenas condicionados pelas
disponibilidades que as tarefas que fazemos nos deixavam.
Até que, um belo
dia, apareceu ele todo pimpão com um smartfone e respectivo acesso instantâneo
a mensagens em geral e do facebook em particular.
E era vê-lo
sentado à mesa com mais uns quantos ou mesmo que apenas comigo, por vezes com
conversas bem sérias do foro pessoal, tudo interromper para se dedicar às
conversas virtuais.
Bera! Muito bera!
Chamei-o à razão
algumas vezes sobre a falta de respeito em relação aos convivas, esse
interromper de conversas porque alguém lhe mandava um simples “olá”.
De nada serviu.
Até um dia.
Sentados à mesa,
com os respectivos pratos à frente, não lhe dirigi a palavra, lendo o livro que
havia aberto. E mais ninguém sentado ali connosco.
Não gostou e
disse-o. E quando lhe expliquei que estava a provar do seu próprio remédio,
ainda levantou a voz.
Não mais aceitei
partilhar a mesa com ele. Até hoje. Mas também não mais ele teve oportunidade
de me desrespeitar.
Tenho mau feitio? Tenho,
sim senhor! Mas há coisas de que não gosto e reajo em conformidade. E, enquanto
posso, com urbanidade.
Enquanto posso!
By me
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