Quando quiser ser útil
a alguém seja-o com simpatia e eficácia.
Em oferecendo-se
para conduzir um cego numa zona de obstáculos ou que ele conheça mal ou de
perigos automóveis, não o aborde por trás nem o agarre. A menos, naturalmente,
que seja para evitar um perigo iminente.
Fale-lhe pela
frente, sem o agarrar e ao alcance do braço.
Afinal, ninguém
gosta de ser agarrado; um som súbito vindo de trás é uma surpresa desagradável;
o tacto é um dos órgãos sensoriais vitais para um cego e ser ele a procurá-lo é
como deixar um que veja vê-lo a si.
De seguida, e caso
a ajuda seja aceite, no lugar de o agarrar, ofereça-lhe o seu próprio braço. De
preferência do lado oposto à mão que segura a cana ou bengala.
São vários os
motivos importantes para tal:
- Permite que ele
continue a usar a sua cana ou bengala na mão a que está habituado;
- O facto de ser o
invisual a segurá-lo faz com ele se encontre ligeiramente atrás, permitindo que
seja você a chegar primeiro a um qualquer obstáculo;
- O facto de ele
estar um pouco atrás faz com que a ponta da sua cana ou bengala esteja no chão quase
onde você tem os seus próprios pés, irmanando-os na caminhada;
- Ser ele a segurar
o seu braço permite-lhe aperceber-se de qualquer alteração de percurso ou
velocidade que você tenha, muito mais facilmente do que se fosse você a segurá-lo;
- Por último, e
regressando ao início, ninguém gosta de ser agarrado, principalmente se for um
desconhecido.
Se o caminho
passar por escadas e as houver mecânicas e convencionais, pergunte-lhe qual a
que prefere. Nem todos os cegos se sentem confortáveis com escadas mecânicas,
mesmo que tenham que andar mais para as evitar.
Todos podemos e
devemos ajudar quem tem dificuldades que não as nossas. Mas isso implica, também,
fazê-lo em função das necessidades específicas de quem é ajudado.
E a maior parte de
nós, que andamos nas redes sociais, nem desconfiamos o que seja não ver.
By me
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