Não era isso que
tinha previsto. Mas acabara de me aproximar da paragem e já lá ia o autocarro
que eu queria.
Ainda esperei,
esperei, esperei, mas não havia meio de vir outro dos meus e o tempo e os
astros não esperam por nós. Mandei parar um táxi para seguir para o meu
destino.
O taxista tinha o
rádio ligado.
Nem sempre gosto,
que os gostos musicais nem sempre coincidem. Mas se não for demasiadamente
alto, tolero de tudo um pouco. Este tinha-o a meia-haste.
A certa altura
começa um bloco de publicidade. E não reconheci os produtos ou lojas
anunciadas. Não que costume prestar atenção, mas nenhum daqueles nomes me soava
a conhecido. Até que fiquei de boca aberta.
Um dos anúncios
proclamava a existência e serviços de um fotógrafo!
Confesso: nunca
tinha ouvido anúncios radiofónicos aos serviços de um fotógrafo. Novidade
total.
Este dizia poder
fazer todo o tipo de trabalhos, desde eventos a casamentos, crianças, pré-mamã,
publicidade, books… anunciava-se como capaz de fazer de tudo.
Em recomeçando a
play-list musical, meti conversa com o motorista:
“Desculpe: esta
estação de rádio não é nacional nem sequer de Lisboa, pois não?”
Não era. Disse-me
de onde e até estranhei o chegar tão longe uma rádio local como esta. Mas
considerando a geografia local e as condições atmosféricas…
Mas fiquei sabendo
que a fotografia também se anuncia nas rádios. E se ouve nos táxis.
By me
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