De França temos
história, e da boa, para contar.
Temos os
escritores, os poetas, os dramaturgos, os pintores, os músicos, os fotógrafos.
Temos o século das
luzes, a “cidade luz” e a invenção da fotografia. O cinema.
Temos a revolução
francesa e a comuna de Paris.
Mas também temos,
no último meio século ou pouco mais, muito de mau para contar.
Temos os pied-noir
e a descolonização; o modo como foram e são aceites (ou não são aceites) os
migrantes europeus do sul; a posição tomada, os respectivos testes e ausência
de protestos internos sobre o armamento nuclear; as posições xenófonas e
assumidamente de extrema direita que vamos vendo na política e nos políticos
eleitos, reflectindo de algum modo as opiniões dos cidadãos franceses…
Tenho muito pouca
vontade de apoiar ou de me juntar a um país com estes comportamentos internos e
externos. Apesar da história.
A última história
conhecia, e mais existirão p’la certa, é a de um município que recusou a
sepultura de um bebé alegando ser o cemitério pequeno e estar reservado para os
munícipes que pagam impostos. Como a família da criança é romena e vive num
acampamento…
Dir-me-ão que esta
é a atitude de alguns autarcas, não dos cidadãos. Será!
Mas certo é também
que os autarcas e governantes são eleitos pelos cidadãos e, ao escolherem-nos,
estão a concordar com as suas opiniões e escolhas. Estão a querer que elas
sejam postas em prática.
Tem pouco mais de
dois séculos o grito “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” que correu mundo.
Está a ser
subvertido ou invertido em tudo quanto é lado. Incluindo onde nasceu!
E, por cá, também
faria falta!
By me
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