Quando eu era
cachopo, lá em casa os presentes (poucos que a bolsa era e é pequena) eram
dados pelo menino Jesus.
As prendas não
apareciam na árvore de natal mas no sapatinho colocado em cima do fogão e este
decorado a preceito com papel bonito.
O pai natal surgiu
muito depois, fruto das coca-colas deste mundo e acarinhado pelos centro-comerciais
e afins.
Aquilo que na
época me fazia muita confusão, confesso, foi como seria possível ser o aniversário
do menino Jesus (a religião não contava lá em casa) e ser ele a dar prendas.
Curiosamente, aqui
ao lado em Espanha a tradição é outra. Talvez por ser tradicional e acerrimamente
religioso.
As prendas são
dadas agora, em dia de Reis, igualando aquilo que se diz ter acontecido há uns
dois milhares de anos.
A prenda que eu
agora gostaria de receber não viria nem dos reis, nem do menino Jesus, nem do
pai natal.
Viria de São Bento
e seria uma mudança radical na governação do país, de e para os cidadãos, no
lugar de defender interesses que em nada são convergentes com os da maioria
espalhada pelo país.
Mas sendo certo
que já não tenho idade para acreditar no pai natal e correlativos, ou bem que
vamos nós tratar de ir lá e embrulhar as prendas ou continuaremos eternamente
na mesma, frustrados e sentados no sofá.
Com fome.
By me
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