Se não me tivesse
dado a preguiça hoje, não teria ficado de manhã em casa, entretido entre umas
escritas e umas leituras.
Se não tivesse
sido confirmado o cancelamento de um almoço na cidade hoje, não teria almoçado
em casa.
Senão tivesse
estado ocupado com afazeres domésticos, hoje teria saído de casa mais cedo.
Se não tivesse que
ir aos correios hoje, não teria ido à sede da freguesia.
E se não tivessem
acontecido todos estes ses, não teria encontrado no centro da vila, sede da
freguesia, uma orquestra juvenil local tocando pelas ruas.
Metais, percussões,
madeiras, cordas dedilhadas, voz… havia de tudo o que é possível numa orquestra
para que circulasse nas ruas estreitas, tocando como que uma espécie de
Janeiras e recebendo donativos dos autóctones. Eu incluído.
No meio de tudo, o
que mais me tocou neste concerto incomum numa zona dormitório suburbana, foi o
dono de um café-pastelaria que, e para além de ter contribuído para a caixa
transportada por uma das mocinhas, ter entregue um bolo-rei, de tamanho razoável,
para que fosse distribuído pelos músicos, finda que fosse a função.
O único se
negativo, no meio de todos estes, foi o já ser à tardinha e não terem eles
passado num pedaço de rua com o sol como eu o queria.
Isto foi o melhor
que consegui.
By me
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