O autocarro onde
eu seguia parou na respectiva paragem.
Pela porta da
frente subiram alguns passageiros.
Uma senhora já de
idade içou-se com dificuldade e questionou o motorista se aquele carro seguia
para o Rossio.
Ao volante, ele
disse-lhe que não, que era o da frente. Um daqueles compridos, de atrelado. Que
estava a receber passageiros na respectiva paragem, uns bons metros à frente.
A custo, a senhora
desceu e iniciou a caminhada, enorme, na esperança de ainda ir a tempo.
Dificilmente o
conseguiria: o seu andar era moroso e doloroso, bem se percebia, e o autocarro
era comprido. Bem comprido.
Com uma brusquidão
pouco habitual mas não desconfortável, o motorista do meu arrancou, ultrapassou
o da frente e ficou a seu lado, dizendo ao outro não sei bem o quê, mas
apontando para o passeio.
E a senhora
conseguiu embarcar.
Não sei o nome do
motorista que me levou. Não lho perguntei, se bem que a vontade não me
faltasse.
Mas aqui fica, em
nome da senhora de idade e de todos os outros passageiros, o meu obrigado.
A este motorista e
a todos os outros que levam a sua profissão um pouco mais além do simples
conduzir um autocarro em segurança.
Viva quem faz!
By me
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