quarta-feira, 6 de maio de 2015

Não sei se





Que me perdoem pela ousadia, mas…
É hábito antigo meu e gosto de o cumprir, ainda que possa parecer um sacrilégio: em saindo de uma qualquer circunstância ou local manifestar ou materializar os meus sentimentos com uma fotografia.
Há quem aplauda, há quem saia a trautear uma modinha, há quem saia a praguejar e outros cabisbaixos. Muitos saem a fazer comentários com quem os acompanha, como que a confirmar ou perpetuar o que sentiram.
Por mim, prefiro fazer uma fotografia, por vezes várias. Ainda sob a influência do que acabei de viver, em acordo ou desacordo.
Usando da ferramenta que possuo e que, melhor ou pior, vou usando como forma de expressão.
Reuniões, festas, espectáculos, exposições, museus… não importa o quê. O que sinto materializo-o de seguida.
Foi o caso.
Esta é a porta do torreão nascente da Cordoaria Nacional onde decorre a exposição de “Génesis” de Sebastião Salgado.
No átrio, junto à bilheteira, parei a ponderar se daria uma terceira volta, com toda a calma do mundo ou se sairia, guardando isso para outra oportunidade. As circunstâncias impuseram-me que saísse.
Mas, antes ainda de sair, saiu-me isto. Com a devida vénia ao que estava atrás de mim.
Perdoem-me a ousadia. 

By me

Sem comentários: