sábado, 23 de maio de 2015

Segredos



A tarde estava quente e eu estava cansado. Duas vezes passo de museu, bem carregado e depois de uma noite muito mal dormida… estava cansado e com calor.
Apetecia-me algo de refrescante e que me retemperasse as forças. Na zona onde estava – Chiado – tudo quanto é local a transbordar de gente: esplanadas, salas, bancos públicos, degraus de porta… transbordava e eu queria refrescar-me e retemperar forças.
Uma alternativa seria um gelado, que por ali há, que eu saiba, duas ou três casas da especialidade e afamadas.
Impossível!
As filas de futuros clientes transbordavam para o exterior, fazendo adivinhar uma longa e penosa espera. Recusei.
Até me lembrar dos velhos tempos. Daqueles em que a cidade não atafulhava de gente e que havia locais de bons e refrescantes gelados.
Dessas, das dos velhos tempos e no centro da cidade, creio que já só resta uma: esta.
Onde me sentei numa sombra agradável, providenciada por prédios vetustos mas sólidos e onde me refastelei com o que está na imagem e não se encontra nas lojas da moda. E, mesmo que se encontrasse, não haveria onde sentar para o degustar a preceito.
Na imagem (que eu também fotografo com o telelé o que como e me dá prazer), um banana split. Ideal para refrescar e retemperar forças.

Já quanto ao local… guardo-o para mim, como um dos últimos tesoiros privados da cidade. Mas se pedirem com jeitinho, talvez conte. Em privado.

By me

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