O mês de Abril já
se foi, o mês de Maio está quase a meio.
As contestações de
rua estão hibernadas. As forças, organizações e movimentos, mais alinhados ou
mais dissonantes, estão como que a ganhar forças para o combate eleitoral que
se avizinha daqui a uns meses.
E os cidadãos já
se aperceberam que, mesmo então, será mais do mesmo, com a alternância que nos
caracteriza, numa continuidade enfadonha e terrífica.
Que os nomes
mudam, mas as linhas mestras, mesmo que não confessas, serão as mesmas, mais
detalhe, menos pormenor.
Os líderes de hoje
serão as oposições amanhã, e vice-versa. E daqui por quatro anos, se nada
interromper o ciclo legal, de novo se invertem as posições, num contar de
espingardas para proteger amigos e correligionários.
Os outros, os
muitos outros, os imensos outros, continuarão na mesma, sempre na mó de baixo a
alimentar um sistema fechado de poder, em que quase nada muda que não as
personagens.
Poderíamos aproveitar
o embalo eleitoral para uma real mudança, para uma alteração do status quo,
privilegiando os cidadãos e não as organizações.
Isto se os
portugueses acordassem e usassem o que têm entre as orelhas.
Mas não me parece
que aconteça.
Para mal de todos
nós e dos vindoiros!
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário