Ser diferente é
perigoso!
Não estar na
linha, na ordem instituída, integrado no sistema e no pensamento obrigatório, é
perigoso.
E é tanto mais
perigoso quanto os diferentes podem achar os normais diferentes e agir para com
os normais como os normais agem para com os diferentes: marginalizando-os,
escondendo-os, prendendo-os, eliminando-os. Formatando-os, igualizando-os,
standardizando-os. Até que os diferentes sejam normais.
Os diferentes no
estar e no ser, no pensar e no agir, no criar e no aparentar, são perigosos.
És canhoto? Tens que
escrever com a mão direita, como toda a gente.
És estrábico? Ou endireitas
os olhos ou não te dou o emprego.
Pensas diferente
na política, na fé, no sexo? Perigoso diferente, que a família evita, os
vizinhos escarnam, os polícias perseguem.
Vestes diferente? Que
nojo! Nem se aproximem!
A sociedade não
quer os diferentes, criando leis, regras, modas, de forma a que todos nelas
enquadrem, definindo estratos sociais, económicos, culturais e enquadrando cada
um com os seus iguais.
E para quem não se
enquadrar… “Joga pedra na Geni!”
By me
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