sábado, 16 de maio de 2015

As sombras que me perseguem



É sempre uma sensação estranha:
Cruzar a cidade e ser reconhecido, p’lo nome ou p’lo rosto, por contactos reais e vivências pessoais ou por referências virtuais e por ouvir dizer.
É mesmo estranho!
Santa Apolónia, feira da ladra, Alfama, Sé, baixa…
Ex-alunos, ex-formandos, fotógrafos, activistas sociais, interventores políticos, comerciantes, actores…
Tudo isto em meio dia de deambulação quase caótica pela cidade, já chateado, a partir de certa altura pela inexistência de um local onde comer em que a ementa exterior estivesse escrita em português, a única língua que tenho obrigação de conhecer, com ou sem acordos ortográficos.
Um dos encontros mais embaraçosos foi a de alguém que, depois de me identificar ficou radiante, já que nas pesquisas que fez as referências a mim e ao meu projecto eram várias: um homem que tem como ofício a fotografia À-Lá-Minuta, na rua, mesmo em frente à igreja de Santo António, à Sé.

Recomenda-se o passar por lá e fazer uma fotografia. Saber fazer não tem preço, e ele sabe fazer. Além do mais, não serão muitas vezes aquelas em que podem ser fotografados

Em qualquer dos casos, a manhã terminou mais que tardiamente com a satisfação de ter encontrado película e ter ficado a saber onde a revelar. Nada de especial, não fora ser um formato já estranho e ser o da primeira câmara que comprei. E que ainda possuo.

Um destes dias irei recuar uns bons quarenta anos, caramba!

By me

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