segunda-feira, 18 de maio de 2015

A maçã e o pomar






Há uns tempos fui vítima de agressão. Uma rixa de rua que descambou para o lado onde me encontrava e, quando dou por mim, tinha levado com um taco de hóquei.

Sorte a minha que, por ter levantado o braço, só me partiram a mão. Quando não, teria sido mesmo a cabeça.



Depois de ter reportado aos agentes da PSP que compareceram no local o que se havia passado, segui para o hospital, que a mão necessitava de cuidados urgentes. No balcão disse que tinha sido alvo de agressão e que precisava de ser tratado.

Ainda antes de ter sido chamado para ser visto, tinha junto a mim um solícito agente da polícia que me perguntou se eu necessitaria de ajuda. Simpatia para além dos limites, apesar de estar habituado, suponho eu, a situações semelhantes.

Mais tarde, uns dias mais tarde, fui apresentar queixa na esquadra da PSP da minha zona. Dificilmente poderia ser melhor atendido que aquilo, com bons tratos, explicações claras, simpatia…

Dali fui enviado para a Polícia Judiciária, para eventual reconhecimento fotográfico do agressor. Transbordava de cordialidade e bons modos o agente que me atendeu, conduzindo a diligência de forma expedita a agradável.

Mais tarde, e no âmbito do mesmo processo, fui chamado a prestar declarações num departamento central da PSP. Cruzei-me com gente de diversas origens e que ali estavam por diversos motivos. Sobressaiu, pela positiva, o agente que me recebeu e me inquiriu.



Ao longo dos anos tenho tido diversas histórias e episódios com agentes da PSP e da GNR. A esmagadora maioria delas é deste calibre: simpatia, cordialidade e bom trato. Nem todas, que algumas primam pelo oposto, mas a maioria. Mesmo quando não estávamos do mesmo lado da barricada e entre nós existiam escudos e bastões.

Daquilo que aconteceu ontem, em Guimarães, apenas me apraz dizer isto: não devemos confundir a maçã com o pomar. 

By me

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