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De pouco adiantam os discursos políticos ou filosóficos a quem tem fome!

Por muito bonitas que sejam as palavras, organizadas as ideias e inflamados os argumentos, a sua principal preocupação é tapar a fome. Pior ainda se for a dos seus filhos!

Mas será de pouca utilidade se, junto com o pão, a carne e as batatas, não se encontrar forma de a situação não se repetir.

E é aqui, na junção das políticas do momento com as filosofias sobre a organização da sociedade, que as mais das vezes as organizações políticas falham.

Ou bem que vão atrás das necessidades prementes, pouco acautelando o futuro, ou bem que se envolvem em grande e sérias alterações da sociedade, deixando entretanto muitos à míngua, se tanto.

Podemos e devemos resolver os actuais problemas do país, começando pelo desemprego, continuando pelo extinguir os casos de corrupção e a manutenção e reforço das políticas sociais.

Mas fazer isso baseados num futuro de sábio-idiotas, controlados por um “grande-irmão” que decide, a cada momento, o quê, como e quando o que cada um come, sabe, veste, lê…

Será tapar o sol com a peneira, passando para a próxima geração os mesmos ou maiores problemas que agora queremos afastar de nós!

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