Não, agora não vou
falar da luz. Podia, mas não vou.
Vou antes falar
naquilo que me permitiu apanhar a luz. No caso, uma objectiva.
Trata-se de uma
Tokina RMC 35-135 f/4-4,5 macro, montagem PK.
Não consegui
encontrar referências a seu respeito, mas presumo que date da segunda metade
dos anos ’70 do séc. XX.
É uma objectiva “one
touch”, que é como quem diz: usa um só anel para variar ângulo de visão e focagem.
Distância mínima de focagem, em modo “normal”: 1,6 metros. Distância mínima de
focagem em modo macro: 1,0 metro em 135mm, 0,5 metro em 35mm.
Não sou coleccionador
de material. Não tenho dinheiro para tal nem o tempo que isso implica para ser levado
a sério.
Mas dificilmente poderia
resistir a esta objectiva, considerando o estado impecável em que se encontra,
ao pedirem-me a ninharia de 23 euros por ela, numa loja de artigos em segunda mão.
Não era para lá
ter passado. Mas quando o autocarro lhe passou à porta, disse com os meus botões
“Há que tempos que ali não vou”. Desembarquei de imediato, como se algo me
dissesse que valeria a pena. E se pensarmos no quão raro é encontrar objectivas
ou outros para Pentax, usados ou não…
Sou um feliz
proprietário de uma zoom com gamas focais com as quais nunca tinha trabalhado.
Feliz pela raridade, feliz pela qualidade, feliz pelo preço (uma pechincha).
Falta apenas, para
que fique realmente impecável, encontrar dois itens: um filtro de protecção,
coisa fácil, e um pára-sol que, neste caso, terá que ser de borracha e de
comprimento variável: o elemento frontal gira ao focar, pelo que os de pétala não
servem.
Se faço melhores
fotografias com ela que com outras? Provavelmente não, que o que mais importa é
o que está atrás da câmara e não à sua frente. E isso não mudou.
By me
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