Vou tentar
reproduzir de cor um pedaço de um dos ensaios de Karl Popper. E ele que me
perdoe pela falta de exactidão na citação.
Algures na
antiguidade, um rei (seria imperador?) decidiu que o seu país necessitava de um
salto qualitativo no que a artes e ciências dizia respeito.
E a sua opção terá
sido, no mínimo, estranha.
Convidou sábios e
artistas de outros pontos do mundo de então, sem nada, nada mesmo em comum
entre si ou com os do país que convidava. Nem mesmo a língua era comum.
No entanto, e a
partir deste estratagema, coisas novas (ideias, projectos, obras) surgiram.
Realmente novas.
O motivo? Simples!
Ao não possuírem coisas
em comum que não fosse a vontade de criar, não estavam imbuídos de contextos e pré-requisitos
formativos ou imperativos.
E a partir de
ideias e culturas completamente distintas, foi possível criar, inovar, fazer
diferente.
Não garanto a
citação, mas a ideia geral é esta.
O mesmo precisamos
hoje! Nas artes, nas ciências e, principalmente, na organização da sociedade.
Não partirmos de
conceitos e contextos comuns, velhos e gastos mas antes juntarmos opiniões quiçá
discordantes à partida, para criar algo de diferente, sólido e viável.
Quando não,
continuaremos nos mais que conhecidos círculos viciosos de poder e de sistema.
E, pior ainda, continuaremos a incorrer nos mesmos erros, de dia para dia
agravados, numa tentativa absurda de obter diferente fazendo o mesmo.
By me
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