Há quem me olhe de
lado porque não uso “passe” para me deslocar.
Em vez dele,
compro viagens antecipadamente, carregando o cartão. Uso vários para os
comboios, de acordo com o trajecto que quero percorrer. Para autocarros outro e
para metropolitano ainda outro.
E olham-me de lado
porque este processo acaba por ser mais caro que o “passe”. Têm eles
dificuldade em entender que a coerência não é coisa que se apregoe: pratica-se!
E eu entendo que não
devo deixar “rasto” junto das empresas de transporte. Por outras palavras,
entendo que não tem que ficar registado nos arquivos dessas empresas que eu fiz
determinada viagem, no dia tal, do ponto A para o ponto B. Que os “passes”,
porque nominais, permitem que estes registos existam e que, consequentemente,
possam ser usados para os fins que entenderem quem a eles tiver acesso. Não o
quero! Donde, e ainda que seja mais caro, não deixo rasto.
Que esta história
das tecnologias de comunicação e auto-estradas de informação te destas coisas:
alguém pode, a qualquer momento, estar a controlar ou registar o que fazemos.
Ou, se quiserem, a penetrar na nossa intimidade, mesmo que em espaço público.
Já quanto aos
espaços privados… Bem, fiquei sabendo que alguns programas de comunicação
instalados em algumas empresas para funcionamento interno, fazem o registo de
toda a actividade de cada um dos computadores. Os programas utilizados, os
acessos à internet e onde, as comunicações efectuadas… Mas sendo que esses
computadores de trabalho estão instalados numa rede interna, esse arquivo de
informação é arquivada fora dele e sem que o utilizador o saiba. Donde, a
privacidade aquando do uso dessas maquinas é nula!
Não sei se George
Orwell, quando escreveu o seu magnífico 1984, imaginou que se pudesse ir tão
longe. E eu acredito que este “The Big Brother is watching you!” ainda é
incipiente e que poderá vigiar-nos bem mais em detalhe.
Não o quero! E, no
que me for possível, evitarei cair nessas armadilhas.
E, para ti que
vigias o que aqui vou pondo, quero saibas que sei da tua existência e que nada
do que aqui leres ou vires foi colocado por acaso. E quero também que saibas
que tudo farei para que percas esse emprego!
E, já agora, sabes
qual dos teus colegas, nessa central de vigilância, vigia o que tu mesmo fazes?
By me
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