Se me disserem que
é uma questão meramente animal, não o contestarei. No fim de contas, sou
animal.
Mas o certo é que
me delicia o aroma da relva cortada de fresco, húmida mesmo.
Entranha-se-me
pelas narinas e abre-me apetites nem sei bem de quê. Não fora uma forte dose de
acanhamento, e creio que me rebolaria nela.
Há um outro cheiro
de relva corada rente que só conheço de sonhos. Não me importaria que fosse cortado
com uma gadanha, máquina automática ou mesmo a tiro, numa qualquer praça pública.
Não passando de um
sonho, ou até que aconteça, contento-me com esta relva, verdinha de encher a
alma.
By me
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