O inicio da difusão
televisiva teve duas vertentes bem diferentes na Europa.
Enquanto que na Grã
Bretanha se investiu no conceito que hoje conhecemos (uma estação difusora e
receptores em casa dos espectadores) na Alemanha fizeram um paralelismo entre
televisão e cinema e os televisores estavam instalados em salas com plateia.
A evolução tecnológica
e industrial, a derrota da Alemanha e a influência daí resultante da cultura
anglo-saxónica fizeram vingar o que hoje conhecemos.
Apesar disso, e
ainda não há muitos anos e nas terras pequenas em Portugal, o televisor era um
chamariz para os cafés ou era o centro das atenções na sala grande das casas do
povo, uma espécie de colectividade quase imposta pelo regime do estado novo.
Nos tempos que
correm constatamos aquilo que muitos argumentam: a História funciona em círculos
que se vã fechando e repetindo.
É motivo de publicidade
em cafés e restaurantes a existência de televisores, em particular se ali
estiver acessível algum canal de desporto, dos que são pagos e bem pagos na
distribuição de sinal por cabo ou satélite. Interessante de notar é que a
divulgação da existência dessa “mais valia” é bem mais notória em
estabelecimentos de restauração cuja ementa é oriunda dos “orientes”: indianos,
chineses, nepaleses… Falta-me saber se os destinatários de tal publicidade são
os respectivos nacionais, com hábitos que não exactamente os nossos se um
apelar aos portugueses, para que comemorem as vitórias dos respectivos clubes em
tornos de gastronomia exótica.
Por mim funciona
como repelente!
Restaurante que
tenha como “trono” um televisor, impondo a sua presença, visual e sonora, aos
comensais – eu incluído – é motivo para procurar outras portas, onde o prazer
da mesa e da convivência não seja deturpado por algo a que chama desporto mas
que não passa de uma indústria e nada ecológica. Pelo menos no que toca às
mentes dos fanáticos e aos comportamentos dos adeptos.
By me
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