No fim de uma
tarde monótona, chata, aborrecida, mais entorpecedora que um discurso do Gaspar,
que fazer naqueles dez minutinhos entre o vir à superfície respirar algo
misturado com o fumo de um cigarro e a hora de abrir aquele local onde iremos
jantar?
Talvez fotografar,
para animar os ânimos.
Não importa o quê
nem o porquê, que sabemos que isso nos levanta o moral face ao que foi e nos dá
coragem para o que há-de vir.
Desta feita
saiu-me isto, duas coisas tão díspares, duas abordagens à luz tão diferentes
que quase nem parecem ter sido feitas pela mesma pessoa ou, tendo sido, no
mesmo dia. Mas foram.
E reflectem o
desmagnetizar temporário da minha bússola interior.
Quem diz que
fotografar é o registar o que se encontra em frente da câmara deveria pensar de
novo. Chegará certamente à conclusão que, bem mais que isso, é o registar o que
está atrás da câmara, mesmo que as leis da física impeçam que a luz que daí vem
entre pela frente da objectiva.
By me
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