Aquele chefe, o
mais baixo na complexa organização hierárquica, enviou uma mensagem electrónica
aos seus subordinados. Nela, deseja pascoa feliz aos destinatários e
respectivas famílias. É simpático.
É simpático e é um
erro. Que, com esta mensagem, equivalente à que foi enviada à que foi enviada
em Dezembro, ignora por completo as crenças de quem as recebe. Porque há os
crentes no cristianismo, há os crentes noutras confissões religiosas, há os que
não são crentes e há os que nem sequer sabem o que é ser crente.
Enviar mensagens
de cariz religioso com textos pró-forma a quem não se conhece o que pensa ou
sente é tão amorfo ou neutro quanto o extracto bancário. Aliás, mais ainda, que
o extracto bancário fala da conta específica do cliente, enquanto que esta
mensagem de “boas festas” nem considera o destinatário.
Quem envia esta
mensagem, o tal chefe mais baixo na cadeia hierárquica, é exactamente o mesmo
chefe que ignora gloriosamente o estado de saúde dos seus subordinados quando
eles faltam por motivos de doença.
Nem os contacta
durante a ausência nem os questiona no regresso. Nada. Como se faltas por
doença fossem tão normais quanto férias ou folgas.
As crenças
religiosas de cada um não me atrapalham. Até porque a maioria das religiões têm
por base bons ensinamentos.
O que me atrapalha
mesmo são as falsas práticas religiosas de alguns fieis!
Aliás, a
hipocrisia atrapalha-me quer se trate de religião, política ou jogos de
berlinde. Incomoda-me sempre!
Texto e imagem: by me
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