Ouvi-a chamar no
vidro da janela, assim levezinha como quem tem vergonha.
De imediato
larguei tudo, enfiei o casaco e o chapéu como pude e desci a abrir-lhe a porta.
Pinguei da barba e
do cabelo e até a mão entrapada teve direito à sua dose. Só não dancei porque…
bem, não tenho jeito.
Mas vim saudar
esta mais que bem vinda chuvinha, guardar alguma em mim, antes que escorra por
uma sarjeta ou seque com o sol que se lhe seguirá.
O que disseram ou
pensaram os que se abrigavam nos toldos ou vãos de escada? Pouco me importa,
que cada um saúda e brinda aquilo de que gosta!
E só os
verdadeiros tolos podem não dar apreço a isto.
Texto e imagem: by me
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