Um dos passos que
tive que dar devido à agressão de que fui alvo, foi apresentar queixa nas
autoridades. No caso, usei a esquadra da PSP do meu bairro.
Depois de tudo
anotado e assinado, recebi um documento que me conduzia à polícia judiciária,
onde iria tentar fazer um reconhecimento por fotografia do meu agressor.
Sendo que a queixa
foi feita no meu bairro, será esta esquadra, ou a sua divisão de investigação,
a tratar do caso, pelo que no documento era pedido que, caso houvesse uma
identificação positiva na judiciária, esta fosse comunicada à esquadra da minha
zona. Acompanhada dos “cliché(s) a cores”.
A expressão
ficou-me debaixo de olho, que já não a via ou ouvia há muito.
Por “cliché”
entendo algo de padronizado, de gasto de tão usado, quase que fora de moda.
Em acabando a função,
lá na judiciária, e porque o agente estava sem mais que fazer (felizmente) e tão
falador quanto eu, perguntei pela coisa.
Não me soube ele
dar uma resposta cabal, que sempre assim se tinha usado desde que ali está, mas
acabámos por chegar à conclusão que o significado será esse mesmo: fotografias
padrão, feitas sempre da mesma forma, que tecnicamente não variem e que mostrem
o assunto, no caso os suspeitos ou investigados, com uma abordagem tipo, sem
favorecer ou desfavorecer ninguém. Por outras palavras, fotografias o mais
impessoal possível.
Estas, fizeram-me
o favor de as fazer a pedido, algures que não numa instituição policial. Para a
colecção ficar completa, falta uma de corpo inteiro.
Os números? Bem, e
porque não os de um dos irmãos metralha? Que, nos tempos que correm, já não
fotografam os detidos a segurar uma chapa numerada, como vemos nos filmes.
Texto e imagem: by me
1 comentário:
Do dicionário Priberam:
clichê
(francês cliché)
s. m.s. m.
1. [Fotografia] [Fotografia] Chapa fotográfica de negativo.
2. Folha estereotipada.
3. Matriz reprodutora de estampas.
4. [Figurado] [Figurado] Molde ou vulgaridade que a cada passo se repete com as mesmas palavras. = CHAVÃO, LUGAR-COMUM
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