Aí se está de novo
a falar do serviço de táxi no aeroporto.
Desta feita, e
segundo notícia do jornal Público, pretende-se limitar o acesso destas viaturas
a esta praça a quem tiver “nomeadamente de apresentação, conhecimento de
línguas e da cidade, limpeza e antiguidade do veículo.”
E o artigo
continua:
“O vereador refere
que este sistema é semelhante ao que existe em Barcelona e explica que a
fiscalização seria feita por gestores de praça indicados pelos próprios
taxistas.
O presidente da
Federação Portuguesa do Táxi concorda com a necessidade de regular o exercício
da actividade no Aeroporto da Portela e reconhece que as situações de
incumprimento “não são esporádicas”. “Há um grupo de pessoas forte que domina
aquilo e dá uma má imagem do sector. Não há dúvida que é preciso travar aquilo
urgentemente”, diz Carlos Ramos.
Este dirigente
concorda com a proposta da Câmara de Lisboa e defende a criação de um código de
conduta e de um regulamento disciplinar para quem quiser trabalhar no
aeroporto. Quem estiver disposto a cumprir as condições aí impostas deverá
inscrever-se e se for seleccionado passará a constar de uma base de dados e
sujeitar-se-á à fiscalização de um gestor de praça.
"O carro deve
ser limpo, ter um determinado número de anos e ar condicionado. O motorista não
deve ter mangas à cava, chinelos de dedo e calções que deixam as pernas à
mostra", exemplifica o presidente da federação.
Carlos Ramos
também defende que deve deixar de haver dinheiro a circular, passando todos os
pagamentos de serviços com partida do aeroporto a ser feitos
com vouchers comprados previamente. Hoje a Associação de Turismo de
Lisboa já disponibiliza um produto deste tipo. “
Nada tenho contra
a maioria destes requisitos, ainda que me pareça tratar-se de um “negócio
esquisito”. Até porque sempre pensei que a questão da urbanidade dos motoristas
e estado de conservação das viaturas fosse já regulamentada e fiscalizada.
Aquilo que me faz
saltar na cadeira é a questão dos vouchers. Só para demonstrar como este
sistema é um abuso, para não chamar roubo, institucionalizado e patrocinado pelas
autoridades do turismo da cidade:
Os vouchers
funcionam por coroas, sendo preço fixo dentro de cada uma. A coroa onde a minha
casa se situa é a “Estoril, Cascais, Sintra” e cobram 53.40€. Se se fizer o
mesmo trajecto a taxímetro, e conheço bem a viagem, mesmo com taxa de bagagem
fica em menos de 30€.
Se isto não é um
roubo aos incautos dos passageiros, que acreditam que o turismo de Lisboa os
está a proteger, não sei que nome lhe dar.
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