Neste meu
absentismo forçado tenho-me mantido tão afastado das notícias televisivas
quanto possível. Até porque “já basta o que basta”.
Mas, antevendo-se
para breve o regresso às lides, achei que deveria voltar a tomar a minha dose
regular de informação televisiva, mesmo que doméstica, à guisa de profilático.
Ligo o aparelho e já
a função se tinha iniciado. Não estava preocupado, que a abertura e respectivo
desenvolvimento sabia-o (ou desconfiava-o) eu.
Aquilo para que não
estava preparado foi uma “notícia de última hora”, sem imagens: o pivot a olhar
directamente o espectador todo o tempo do texto.
E fiquei a saber
que tinha acontecido um acidente mortal em Loret del Mar, Catalunha, com um
jovem português de 17 anos. Que não havia dados de nem como nem da identidade
da vítima e que as autoridades portuguesas na região estavam a acompanhar o
caso. E que a cidade em causa é uma destino privilegiado para jovens em férias.
Fim da notícia.
Consigo imaginar a
quantidade de famílias portuguesas, com jovens agora nesta cidade, que entraram
em pânico, correndo para os telefones na tentativa de saber do estado de saúde
do seu parente.
Não teria sido possível
ter sido adiantado na notícia lida que a família já estaria ao corrente e, com
isso, evitar toda a confusão e apreensão?
A frase é de
Eduardo Mazo, poeta e filósofo Argentino, radicado nas Ramblas de Barcelona. Mas
é perfeita:
“O que mais gosto
em televisão são os pássaros nas antenas!”
By me
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