domingo, 25 de março de 2012

No news are good news




Neste meu absentismo forçado tenho-me mantido tão afastado das notícias televisivas quanto possível. Até porque “já basta o que basta”.
Mas, antevendo-se para breve o regresso às lides, achei que deveria voltar a tomar a minha dose regular de informação televisiva, mesmo que doméstica, à guisa de profilático.
Ligo o aparelho e já a função se tinha iniciado. Não estava preocupado, que a abertura e respectivo desenvolvimento sabia-o (ou desconfiava-o) eu.
Aquilo para que não estava preparado foi uma “notícia de última hora”, sem imagens: o pivot a olhar directamente o espectador todo o tempo do texto.
E fiquei a saber que tinha acontecido um acidente mortal em Loret del Mar, Catalunha, com um jovem português de 17 anos. Que não havia dados de nem como nem da identidade da vítima e que as autoridades portuguesas na região estavam a acompanhar o caso. E que a cidade em causa é uma destino privilegiado para jovens em férias. Fim da notícia.
Consigo imaginar a quantidade de famílias portuguesas, com jovens agora nesta cidade, que entraram em pânico, correndo para os telefones na tentativa de saber do estado de saúde do seu parente.
Não teria sido possível ter sido adiantado na notícia lida que a família já estaria ao corrente e, com isso, evitar toda a confusão e apreensão?


A frase é de Eduardo Mazo, poeta e filósofo Argentino, radicado nas Ramblas de Barcelona. Mas é perfeita:
“O que mais gosto em televisão são os pássaros nas antenas!”

By me

Sem comentários: