Eu diria que há
dois tipos de fotografias: as que vemos e as que imaginamos.
Explicando: há
aquele tipo de fotografias que são feitas porque vemos algo e pensamos que
resultará numa “boa” fotografia; e há aquelas situações em que, partindo de um
objecto ou pessoa, imaginamos tudo o que queremos em torno, bem como a forma
como a luz a poderá evidenciar, e tratamos de organizar as coisas para que isso
mesmo resulte numa “boa” fotografia.
No entanto, a
primeira é a segunda e a segunda é a primeira.
Mesmo quando somos
confrontados com algo de que gostamos e que fotografamos, imaginamos o seu
resultado, vemos com a mente a fotografia resultante e actuamos. Ou não, se não
gostarmos do que imaginámos. Porque, e não nos enganemos, vemos o que nos cerca
em três dimensões e reproduzimo-lo em duas, o que implica a mente reduzir o que
os olhos vêm à informação de um olho só. E é comum ver fotógrafos, cineastas e
videografos a olhar só com um olho, exactamente para isso.
E quando estamos a
imaginar algo a partir de uma situação que ainda não existe, um cenário que
ainda há-de ser criado, uma luz que ainda há-se acesa e modulada, uma
perspectiva que ainda não existe porque os assuntos ainda não co-existem no
mesmo espaço, mais não estamos que a usar da nossa imaginação para colocarmos
em duas dimensões aquilo que conhecemos com três, pelo menos.
A fotografia
faz-se, antes de mais, na nossa mente. Depois, é agir em conformidade. Que é a
parte mais difícil.
Teexto e imagem: by me
1 comentário:
O mais frustrante é mesmo quando temos a fotografia perfeita na mente e o resultado é uma enorme desgraça!
abraço
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