Certo! Corro o
risco de me repetir!
Mas certo é que o
jardim da estrela é um mundo, onde de tudo acontece.
Numa tarde, que
mais parecia estival, em meados de Março, os relvados estavam cheios, desde
festas e pic-nics até gente simplesmente a apanhar sol e ler ou dormitar.
Eis senão quando o
coreto, local de muitas brincadeiras infantis até porque seguro nas suas
grades, se foi enchendo de gente. Primeiro timidamente, depois bem mais
afoitos.
E, acompanhados
pelo som emitido por um sistema sonoro portátil, começou uma aula de danças de
salão. Ao ar livre e gozando do esplêndido dia.
E, sendo curioso
como agora me apercebo de certos detalhes, o professor estava, tal como eu, de
braço engessado. O que lhe não retirava nem energia nem boa disposição.
O olhar cúmplice
que trocámos só se equivaleu ao de um outro sujeito com que me cruzei num
comboio, também ele de braço ao peito. Um cão reconhece outro cão,
naturalmente, e os acidentes ou incidentes irmanam as suas vítimas.
Para quem tenha dúvidas,
o Jardim da Estrela é um mundo, onde ossos partidos, música e dança ombreiam com
patins em linha e bicicletas, namoros e cadeirinhas de bebé, leituras e
segurança policial. Curiosamente, até com fotografia.
Texto e imagem: by me
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