Mais que militante
do que quer que seja, gosto de me pensar como franco atirador. Há coisas em que
alinho, outras em que não alinho.
E esta de apagar
parte das luzes, nem que seja por uma hora, em simultâneo em muitas cidades,
tem a sua graça.
Mas, como snipper,
preferi não estar lá, onde os monumentos, edifícios públicos e praças se
escureceram. Ainda que talvez pudesse fazer umas fotos engraçadas. Fiquei em
casa, apaguei eu mesmo as luzes e acendi umas velinhas na janela.
Como eu imaginava,
o meu acto isolado aqui no bairro deu frutos. Dos bons.
Enquanto as
acendia e as fotografava, ouvi, do alto da minha varanda, três casais
diferentes, mais as respectivas proles, que passaram na rua e comentaram o que
eu estava a fazer. E foi também do alto da minha janela que lhes respondi e
expliquei.
Passados minutos, uma
das janelas do prédio ao lado do meu estava com uma vela acesa. E as luzes de
casa apagadas.
Como eu sempre
defendi, mais que os decretos são os exemplos que fazem passar as mensagens e
mudam as mentalidades.
Entretanto as
velinhas apagaram-se, que a aragem não perdoou. Mas manteve-se acesa a chama da
minha crença em que é possível fazer mais e melhor. Assim o queiramos e não
fiquemos de braços cruzados.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário