sábado, 12 de novembro de 2011

Economia, consumismo e sovinice





Há uns tempos, nas compras de rotina, tive que mudar de marca de champô, já que a habitual estava esgotada.
Olhando para a miríade de marcas e características no escaparate, optei por uma. O preço, a capacidade, a facilidade de utilização no duche… Foram decisivos na escolha e na compra.
Quando estava a acabar o frasco e, para além da satisfação do produto em si mesmo, entendi que teria graça fazer um texto sofre o facto de a embalagem vir com textos em português e grego, que é sabido ser uma língua que todos conhecem por estas bandas!
Para o ilustrar, teria que fazer umas imagens de várias embalagens do mesmo produto, todas iguais. À medida que as ia gastando, ia-as guardando e comprando novas. Não havia pressa.
Sucede, porém, que a marca mudou de embalagem! Não só deixei de encontrar igual, como as que tinha não eram suficientes para o que tinha em mente. Assim, desisti da ideia, guardando-a para outra ocasião e embalagem.

Um destes dias, ao fazer arrumações, fui para deitar fora as que por cá tinha. Mas, ao segurar duas, uma em cada mão, pareceram-me de pesos diferentes. E fui ver o que se passava com os cinco frascos de plástico que possuía.
Todos eles tinham ainda um resto de champô no fundo, aquele restinho que nunca mais quer escorrer quando estamos no duche e que nos leva a concluir que se acabou a coisa.
Tratando-se do mesmo champô, e não tendo pressa alguma na matéria, resolvi escorrer os diversos conteúdos para uma só embalagem. Tirar a tampa doseadora, encostar a boca de um, virada para baixo na boca de outro, virado para cima. Só mesmo para ver o que dali resultava!
As embalagens são de 400ml. No somatório dos cinco frascos, consegui recuperar cerca de 80ml de champô. Ou seja, 20% de um frasco novinho em folha.

Não mais deitarei fora um frasco de champô sem o escorropichar até à última pinguinha! E não se trata de sovinice ou de economia forçada (ainda que, nos tempos que correm…)
É antes um combate ao desperdício, ao deitar fora o que é útil, ao consumismo incontrolado. E, no caso, forçado pelos fabricantes!

E a propósito: Já repararam que nos frascos de sabonete líquido com dispensador de bomba e uma mangueirinha, esta nunca chega ao fundo do frasco?
Porque será, hein?


Texto e imagem: by me

1 comentário:

Anónimo disse...

Juntando uma pinguinha d'água consegue-se aproveitar muito do que fica agarrado às paredes. E diluído funciona muito bem.

Bispo