quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Terrorismo à Portuguesa




No passado dia 12 aconteceram em Lisboa duas manifestações de cidadãos: uma promovida pelos sindicatos da função pública, outra organizada pelos elementos dos três ramos das forças armadas.
Dizem que nesta última estiveram cerca de dez mil manifestantes. E eu, não pertencendo à instituição militar, lá estive e fotografei. Pouco, que visualmente pouco havia para além das caras de quem deu a cara, mas fiz o que pude.
Esta foi, talvez, a imagem mais marcante, que o que impressionou mesmo foi o silêncio de quem ali esteve.
Em frente ao Ministério das Finanças, onde terminou a manifestação, dois polícias zelavam pela manutenção da ordem pública, ao invés da manifestação ali acontecida umas semanas antes, onde as forças da ordem marcaram presença em força.
A diferença do contingente policial terá sido determinada pela certeza que, desta feita, os manifestantes eram pessoas habituadas a ordem e disciplina, e haveria ordens para que tudo se passasse sem provocações ou alarido. Primou pela diferença, esta manifestação.
Tal como primou pela originalidade este não-sei-se-manifestante, se “penetra”, se o quê, que decidiu “brincar” com as duas forças ali presentes.
Que alguém, identificado como “terrorista” pacatamente à conversa com oficiais de polícia e em frente a milhares de militares só mesmo por paródia.

Enquanto houver sentido de humor, a coisa não vai muito mal.
O pior é que mesmo este já vai faltando ao comum dos portugueses!

Texto e imagem: by me

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