Por muito alegre e
cosmopolita que um centro histórico de um bairro suburbano possa ser, de noite é
sempre triste.
Abandonado à sua
sorte, apenas atravessado por patrulhas policiais, alguns táxis esperam os
retardatários que sairão do comboio na pressa de regressar a casa e deixar fora
de portas o negrume nocturno, mesmo que tépido.
E por muito que se
esforcem comerciantes e município em dar um toque festivo, não será o apelo
implícito ao consumo que fará aumentar os rendimentos nem dispor de mais
dinheiro para gastar em prendas fúteis.
Esta árvore de
natal solitária no largo da estação de Mem Martins, mais que alegrar corações,
recorda os tempos que atravessamos.
Como disse alguém
que estimo, talvez tenhamos que deixar este barco afundar-se de vez, que já tem
demasiadas camadas de verniz e estalado, para que possamos construir um novo.
By me
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