Há soluções que são
razoavelmente simples e que surgem sem que delas venhamos a suspeitar.
O meu prédio está
em obras, tendo eu as minhas janelas parcialmente tapadas com andaimes e telas
de protecção.
Sendo que não
gosto de espreitar para dentro de casas alheias, também não gosto que andem a
espreitar para dentro da minha. Que é o que acontece quando os operários se
deslocam em cima das tábuas onde trabalham.
Mas, pior ainda,
estes andaimes e tábuas já foram, aqui no meu prédio, o acesso facilitado para
que três apartamentos fossem assaltados, um deles com toda a família a dormir.
Não me apetece passar por isso, como será fácil de concordar.
Vai daí, tenho as
persianas de minha casa permanentemente fechadas, não apenas para dificultar
(impedir se possível) entradas indesejáveis como para não denunciar presenças e
ausências de quem aqui vive.
Faz isto com que
fique encarcerado na minha própria casa, situação temporária (até ver) e
bastante desagradável: a ausência de luz natural é das piores coisas que posso
viver.
Durante algum
tempo vim trabalhando na mesa de trabalho, que se vê à esquerda, alumiada por lâmpadas
economizadoras, tendo o resto do espaço às escuras. Claustrofobico e deprimente!
Até que, ao
substituir duas lâmpadas da zona usada para fotografar, constato que estas
foram compradas por engano: tendo a potência que queria, possuam uma
temperatura de cor equivalente à da luz de dia, ainda que com um ligeiro desvio
para verde.
Pois passei a
trabalhar com os dois tipos de luzes: quente na mesa do computador e monitores
de vídeo e PC e, em fundo, luz de dia, ainda que artificial.
Não apenas
compensa a luz que não entra pela janela como me permite trabalhar de noite
como se de dia se tratasse. E irei manter este sistema, mesmo depois de os
malfadados andaimes desaparecerem.
Nota extra - as
intensidades aqui mostradas não correspondem ao que uso: a zona de “estúdio”
(perdoem-me a expressão pomposa) está propositadamente mais intensa, só para
efeitos desta imagem.
Texto e imagem: by
me
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