Quando é que sabemos que estamos a ficar velhos?
Quando nós mesmos achamos que nos estamos a repetir!
Naquele restaurante, aquela mocinha era nova por lá. Apesar de ali
passar amiúde, ainda não a tinha visto a atender às mesas.
Quando me serviu o jantar, foi por milímetros que não retorqui
ao seu automático “Bom apetite”
com o meu igualmente clássico “Porque
diz isso? Se eu não tivesse apetite, vontade de comer, não estaria aqui! Diga
antes bom proveito, que lhe saiba bem ou algo equivalente!”.
Mas calei-me! Ainda não lhe tinha atirado com esta laracha, que
não a conhecia, mas, de súbito, fiquei farto de me ouvir.
No final da refeição, ao trazer-me a conta, esta valia 16.15€.
Coloquei uma nota de vinte na bandeja e ela pediu-me 15cêntimos trocados. Em
vez disso, disse-lhe que me desse 3€ de troco. Fiquei aparvalhado!
O seu sorriso talvez não fosse tão luminoso quanto este fim de
tarde ribeirinho! Mas rivalizava!
Nem sempre a luz é composta de fotões.
Texto e imagem: by
me
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